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23/08/24 |   Melhoramento genético  Produção animal

O melhoramento genético animal precisa de fenótipos inovadores

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Foto: Divulgação

Divulgação - Menezes apresentou uma cartilha de boas práticas sobre fenótipos, dividida em três etapas: o óbvio, o básico e o essencial.

Menezes apresentou uma cartilha de boas práticas sobre fenótipos, dividida em três etapas: o óbvio, o básico e o essencial.

Com o desafio de escolher entre uma infinidade de fontes de dados e descobrir o que realmente importa para o mercado da carne bovina, os pesquisadores estão em busca de novos fenótipos na seleção de gado de corte. Cientes de que, para o futuro, os estudos vão apontar para fenótipos que expressam mais carne com menor emissão de metano, assim como para o menor uso de água na pecuária, eles aplicam um olhar de gestão sob o melhoramento genético animal. 

O ponto de partida é conhecer, profundamente, a cadeia produtiva da carne bovina e entendê-la sob a ótica do negócio. Isso é possível a partir de análises econômicas de sistemas comerciais e dos parâmetros adotados para a sustentabilidade da cadeia. Estratégias essas usadas pelos melhoristas da Embrapa em suas pesquisas, entre eles, o pesquisador Gilberto Menezes (Campo Grande-MS). 

Assim, ele e a equipe da Empresa já chegaram a fenótipos como consumo de alimento e de água. Fenótipos que, segundo ele, eram impensáveis até pouco tempo atrás. Também houve avanços em relação à genômica, que “ajuda a viabilizar a inserção de novos fenótipos na seleção, com mais rapidez e acessibilidade. Há mais acurácia com menos dados coletados”. Para tais resultados, o melhorista segue uma cartilha de boas práticas sobre fenótipos, que ele divide em três etapas: o óbvio, o básico e o essencial. 

O óbvio tem contribuição direta com o objetivo da seleção animal; o básico se relaciona com a mensuração dentro de um programa de melhoramento de gado de corte, que passa da fase de coleta ao manejo; e o essencial é o potencial de resposta à seleção, a tão falada herdabilidade, e a correlação genética.

Menezes falou sobre esse assunto na mesa redonda “Pontos críticos da seleção: Como lidar com todas as características? Monitoramento de respostas geneticamente correlacionadas”, durante a 17ª ExpoGenética, que acontece no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), até domingo, e é promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). 

Ele ainda conversou com os criadores da raça Guzerá e comenta que está em andamento um trabalho de seleção com coleta sistemática de dados de carcaça por ultrassom e que haverá uma prova de avaliação de desempenho em Paragominas (PA), a partir de setembro, com apoio da Integral Mix.


Outras participações 

Já a mesa redonda "Associação da avaliação genômica e metabolômica com a eficiência reprodutiva de novilhas Nelore superprecoces submetidas a IATF", promovida pela Fazenda Nelore Jandaia, teve a participação do chefe-geral e melhorista da Embrapa Gado de Corte, Antonio Rosa.

Com mediação de William Koury Filho (Nelore Jandaia) e Ricardo Abreu (ABCZ), Rosa esteve ao lado do professor Pietro Baruselli (USP), José Bento Ferraz (USP), José Aurélio Bergman (UFMG) e Henrique Ventura e Luiz Josahkian (ABCZ).

“Há um novo horizonte, há pouco impensável, para a aceleração do melhoramento genético, mas que também exigirá cuidados especiais relacionados à adaptabilidade dos animais e a eficiência econômica dos sistemas de produção, especialmente, em nosso caso, e no ambiente tropical, com uma pecuária conduzida predominantemente a pasto”, ressalta Rosa.

A agenda de Rosa com o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Luiz Orcírio de Oliveira, incluiu uma reunião com o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid, para tratar de ajustes no Projeto Gênomica Zebu, uma parceria das duas entidades, e iniciar um planejamento para a Dinapec 2025; e outra com a Confraria da Carcaça Nelore, liderada pelo criador Shiro Nishimura, associado ao Programa Embrapa-Geneplus.

Igualmente na Expogenética, Gilberto Menezes e Paulo Nobre (Geneplus Consultoria Agropecuária Ltda.) apresentaram o Sumário de avaliação genética do Programa Embrapa-Geneplus. A premiação dos touros do Programa de Avaliação de Touros Jovens também contou com a presença dos pesquisadores da Embrapa. 

 

 

Homenagem

O pesquisador Roberto Giolo, representando a Embrapa Gado de Corte,  e Paulo Nobre, pela empresa Geneplus Consultoria, receberam a homenagem feita pela ABCZ e Ponta Agro durante o Prêmio “Criadores de Eficiência” na ExpoGenética 2024, em nome das duas instituições, na categoria Empresa. A iniciativa reconhece os criadores e melhoristas, assim como, multiplicadores de genética de ponta do mercado. 

A parceria Embrapa e Geneplus em desenvolvimento de pesquisa e transferência de tecnologia, voltada para o melhoramento genético animal, está em ação desde 1996. A fim de promover melhoria na genética do rebanho, ela atende rebanhos de raças taurinas, zebuínas e compostas do Brasil, chegando à Bolívia e ao Paraguai. 

 

 

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

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