Curitiba vai sediar o Seminário sobre mecanização para Agricultura Familiar-Regional Sul, que acontecerá nos dias 26 e 27 de novembro, na Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná-Fetaep. Entre os objetivos deste evento, estão o mapeamento da oferta e demanda de máquinas e equipamentos voltados à Agricultura Familiar, a apresentação das oportunidades de financiamento e a promoção do debate sobre a estrutura da plataforma digital destas máquinas. O evento terá transmissão online e a participação requer inscrição, que pode ser feita pelo link https://doity.com.br/seminario-de-maquinas-e-equipamentos-para-a-agricultura-familiar-da-regiao-sul. O evento é direcionado a reunir representantes de movimentos sociais, associações de agricultores familiares, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), órgãos governamentais que atuam com agricultura familiar, empresas do setor primário, entidades financiadoras e parceiros que tenham interesse no tema de inovação para desenvolvimento e adoção de máquinas, implementos e equipamentos para Agricultura Familiar. A região Sul integra a série de encontros regionais que vêm sendo realizados para identificação de mecanismos para atender aos objetivos propostos no Termo de Execução Descentralizada (TED), assinado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Embrapa Hortaliças. Outras edições já foram realizadas no Centro Oeste, Nordeste, Sudeste e, em dezembro, será na região Norte. Para o chefe geral da Embrapa Florestas, Marcelo Francia Arco-Verde, o seminário contribuirá muito para os agricultores familiares, povos tradicionais e comunidades indígenas, pois trará alternativas de equipamentos e máquinas específicas, com baixo custo de aquisição e de manutenção e de fácil utilização. “Por exemplo uma família com uma área de três hectares que planta milho. Como colher de forma mecanizada? Hoje em dia não tem uma máquina para isso, pois são máquinas com oito metros de largura, tratores pesados. Então estamos falando de sair de uma estrutura macro para usar máquinas que colhem grão com 1,5 metro de largura, em que o agricultor vai sentado, diminuindo o desgaste físico”, explica. Arco-Verde conta que há alguns meses algumas destas máquinas bem menores foram trazidas da China pelo governo brasileiro para serem testadas em comunidades de agricultores familiares do Maranhão e do Pará. “O presidente Lula afirmou que estas máquinas serão fabricadas no Brasil. Então, neste evento esperamos ter inúmeras novidades para este setor que representa 80% da produção de alimentos no País”, diz. Este seminário é mais uma oportunidade para discutir ações e tecnologias próprias para a retomada da produção dos pequenos agricultores gaúchos afetados pela catástrofe climática recente.