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Avaliação de impactos sociais, econômicos e ambientais

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Foto: BENCHEKCHOU, Zineb

O projeto da Embrapa "Fontes alternativas potenciais de matéria-prima para produção de Agroenergia" veio para dar o suporte técnico-científico ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), lançado em 2004 pelo Governo Federal. Dentro desse projeto, um grupo de pesquisadores da área de socioeconomia desenvolveu estudos de avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais de algumas espécies oleaginosas com potencial de uso como matéria-prima na produção de biodiesel. Após estudos iniciais de viabilidade técnica de mais de 15 espécies potenciais, quatro espécies perenes foram escolhidas para estudos de sua viabilidade social, econômica e ambiental. Do ponto de vista técnico, procurou-se por espécies com alta produtividade de óleo de qualidade para a produção de biodiesel, com pouca demanda por insumos produtivos e mão-de-obra e espécies que servissem para produções integradas como os Sistemas Agroflorestais. As espécies escolhidas foram a macaúba, o pequi, o pinhão-manso e o tucumã. A macaúba e o pequi são espécies facilmente encontradas no Bioma Cerrado. O pinhão-manso apresentou em ensaios agronômicos alta produtividade de óleo. O tucumã, espécie típica do Bioma Amazônico, tem o potencial de produção local de energia, em áreas que não são servidas pelo Sistema Interligado Nacional de distribuição de energia elétrica. Os geradores elétricos estacionários a diesel são comuns em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos do Complexo Regional da Amazônia. Do ponto de vista social, a escolha dessas espécies tem relação com o Selo Combustível Social, uma forma encontrada de fomentar a entrada de agricultores familiares na cadeia produtiva do biodiesel. Do ponto de vista ambiental, no caso de espécies exóticas como o pinhão-manso, o benefício está no controle de erosão, na fixação de carbono na biomassa da planta e em proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento da microbiota do solo. O uso de espécies perenes nativas proporciona, além dos benefícios ambientais anteriores, o extrativismo, o qual permite a manutenção da mata nativa. Por não serem espécies ainda utilizadas em larga escala na produção de agroenergia quando do lançamento do projeto, os impactos foram estimados por meio de um estudo ex-ante. O estudo foi um processo em duas etapas: 1) identificação de indicadores técnicos para a avaliação das métricas de desempenho das espécies; e 2) construção de cenários com esses indicadores. O resultado dessas estimativas apoiou o desenho das políticas públicas dentro do PNPB.

Situação: concluído Data de Início: Sat Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2007 Data de Finalização: Fri Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2012

Unidade Lider: Embrapa Cerrados

Líder de projeto: Daniel Ioshiteru Kinpara

Contato: daniel.kinpara@embrapa.br

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