Esta pesquisa se propõe a avaliar práticas agrícolas conservacionistas e propor adaptações no sistema de produção de cana-de-açúcar, visando produtividades competitivas e qualidade ambiental.

A sustentabilidade dos atuais sistemas de produção de cana-de-açúcar está em questionamento pela sociedade, principalmente, nos aspectos ambientais e sociais do conceito. Dentro do aspecto ambiental existem iniciativas de melhoria do próprio setor sucroenergético, como o uso de controle biológico de pragas, o aproveitamento de resíduos agroindustriais e mais recentemente da eliminação da queima na operação de colheita. Esta última iniciativa permite a manutenção da palhada remanescente sobre a superfície do solo e também fortalece a opção de não revolvimento durante o período de preparo do solo para a reforma, um dos princípios do plantio direto.

Entretanto, mesmo com este panorama ainda existe grande resistência do setor em adotar tais práticas, incluindo-se também a fixação biológica de nitrogênio que pode reduzir sensivelmente a dependência da cultura no uso de fertilizantes nitrogenados, por receio de queda de produtividade e problemas de compactação de solo.

Entre as práticas a serem testadas encontram-se a manutenção de quantidades definidas de palhada, diferentes preparos de solo, com destaque para o plantio direto, e o uso de FBN - fixação biológica de nitrogênio associado ou não a essas práticas.

Nesta iniciativa serão executadas atividades que permeiam as possíveis alterações sobre o recurso água no solo, emissões de gases de efeito estufa, atributos físicos químicos e biológicos do solo, parâmetros fitotécnicos e tecnológicos da planta e os aspectos energéticos e econômicos, tendo em vista adaptações ou soluções mais sustentáveis para a produção de cana-de-açúcar.