A palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.), no Brasil conhecida como dendê, é atualmente a oleaginosa mais promissora para atender a demanda por óleo vegetal, tanto para a utilização da indústria de alimentos e cosméticos, como para a produção de matéria-prima destinada à fabricação de biodiesel. A competitividade da palma de óleo se dá pela elevada produtividade e pelo baixo custo de produção. Além disso, possibilita a integração da agricultura familiar nos programas de agroenergia do País e gera emprego e renda, já que a cultura conta com todo o processo tecnológico necessário para o seu cultivo, processamento e aproveitamento de coprodutos. As áreas de cultivo estão restritas à Amazônia úmida e ao Litoral Sul da Bahia. No Brasil, há extensas áreas com temperaturas favoráveis ao cultivo da palma de óleo, com grande disponibilidade de águas fluviais, porém com índices pluviométricos abaixo daqueles exigidos pela espécie. Dessa forma, o cultivo da palma de óleo nas áreas de clima tropical de savana, consideradas inaptas por deficiência hídrica,pode ser uma excelente opção. No entanto, no Brasil não existem, ainda, resultados referentes aos parâmetros de manejo de água e de nutrientes, bem como, do comportamento fisiológico da cultura nessas áreas. Portanto, é necessário gerar conhecimentos e ter um estoque de dados e informações a respeito da viabilidade econômica, nível de exigência de água e nutrientes e comportamento fisiológico da cultura nessa região. Sendo assim, o objetivo do trabalho é estabelecer indicadores técnicos e econômicos para o cultivo da palma de óleo em sistemas irrigados nas áreas de clima tropical de savana do Brasil.