Nas últimas décadas, a demanda por produtos obtidos de espécies nativas do Cerrado tem aumentado consistentemente. Apesar deste aumento, boa parte da demanda ainda é suprida por meio do extrativismo. Entre as principais espécies perenes coletadas e consumidas estão o baru ( Dipteryx alata Vog., Fabaceae), a Macaúba ( Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart., Arecaceae), a Mangaba ( Hancornia speciosa Gomes, Apocynaceae) e o Pequi ( Caryocar brasiliense Cambess., Caryocaraceae).
Cada uma dessas espécies apresenta um estado da arte diferente, havendo carências na caracterização morfoagronômica de material, no entendimento e no domínio de técnicas de multiplicação assexuada, na recomendação de doses de correção de solo e adubação e, principalmente, sistemas de cultivo estabelecidos para as espécies. O projeto propõe abordar essas diferentes lacunas dentro da realidade de cada espécie, selecionando material superior, definindo protocolos para produção de mudas e estabelecendo cultivos em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Pretende-se possibilitar, assim, a incorporação de espécies fruteiras nativas do Cerrado ao sistema produtivo, entregando valor ao produtor e contribuindo para a conservação pelo uso da biodiversidade.