A demanda por produtos obtidos a partir de espécies nativas, considerados de sabor exótico, é crescente nos mercados interno e externo. Diversas frutas, castanhas nativas do Cerrado e seus derivados estão sendo comercializados local e regionalmente, mas não estão incluídos nas estatísticas oficiais, a exceção de algumas espécies, como o pequi. Diante deste cenário, questões concernentes à conservação e à sustentabilidade dessas espécies têm surgido devido à sua exploração extrativa, no bioma Cerrado. É necessário intensificar o conhecimento relacionado ao manejo das espécies exploradas, avaliando os efeitos dessa exploração nas relações ecológicas e sua regeneração natural, objetivando à sustentabilidade das populações vegetais e comunidades relacionadas no seu ambiente de origem, bem como o processo de aproveitamento econômico e transformação agroindustrial. A transferência de tecnologia se dará por meio da parceria com a ASFRUCE - Associação de pequenos produtores derivados de frutos do Cerrado de São Francisco-MG e organizações do setor público, como a CODEVASF, CONAB, Emater-MG, IEF - Instituto Estadual de Florestas, Prefeitura Municipal de São Francisco - MG, CODEMA - Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente, e do setor privado como a COOPASF - Cooperativa Agropecuária de São Francisco e UNIPAC - Universidade Presidente Antonio Carlos - Pólo Regional de São Francisco-MG. A Embrapa Cerrados e instituições parceiras, realizarão cursos, unidades demonstrativas, workshops, reuniões, dias de campo, dentre outros instrumentos de transferência de tecnologias. Como resultado bem sucedido de ações de transferência de tecnologias implementadas em São Francisco-MG, esse projeto poderá ser aplicado em outras regiões como modelo de extrativismo sustentável e aproveitamento alimentar de frutos de espécies nativas do bioma Cerrado.