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Dia de campo mostra desempenho da soja em iLPF no sudeste do Pará
O desempenho da cultura da soja em sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) será apresentado nesta sexta-feira (10), na Fazenda Cristalina, em São Domingos do Araguaia, região metropolitana de Marabá. O experimento faz parte do Projeto Biomas, que tem o objetivo de plantar árvores para recuperar, proteger e promover o uso sustentável de propriedades rurais, além de validar e aprimorar o Código Florestal Brasileiro.
A soja foi plantada em dezembro do ano passado e agora está no ponto de colheita. Ela faz parte de um experimento de iLPF implantado numa área de 3,5 hectares de pastagens degradadas. O sistema é formado por faixas de lavoura de 25 metros e entremeados por linhas de eucaliptos. Antes da soja, a área recebeu cultivo de milho no ano passado.
Segundo o pesquisador Roni de Azevedo, da Embrapa Amazônia Oriental, colhida a soja, será avaliada a possibilidade de cultivar feijão-caupi ou milho para silagem ainda neste período de chuvas. "A rotação de culturas melhora a qualidade do solo, contribui para a ciclagem de nutrientes e diminui a incidência de pragas e ervas daninhas", explica o pesquisador.
Durante o dia de campo também serão apresentados os custos de implantação dos cultivos no sistema iLPF. De acordo com Azevedo, essa é a principal dúvida daqueles pecuaristas que tem procurado informações a tecnologia em Marabá. O iLPF é uma alternativa para recuperar a pastagem com o plantio de grãos. A pecuária extensiva domina a paisagem rural da região e há incidência de pastagens degradadas.
Para 2016, outro cultivo de milho será colhido e cederá espaço para o capim, o gado e o eucalipto, até que alcance seu ponto de corte. "A madeira de eucalipto pode ser usada para a fabricação de carvão, uma demanda do setor siderúrgico da região", afirma Roni de Azevedo.
O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a CNA e a Embrapa, com a participação de mais de trezentos pesquisadores e professores de diferentes instituições. Tem como objetivo viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas brasileiros. Para isto, a pesquisa avalia o uso da árvore, seja em Áreas de Preservação Permanente - APP, Área de Reserva Legal - ARL, ou mesmo em Áreas de Sistemas Produtivos – ASP, nos seis biomas brasileiros, resultados que poderão contribuir para o aprimoramento da legislação ambiental brasileira.
Vinicius Soares Braga (MTb 12.416/RS)
Embrapa Amazônia Oriental
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