Gestores e técnicos de unidades de conservação estaduais do Estado do Rio de Janeiro estão participando, nesta semana, de dois cursos sobre coleta e manejo de sementes florestais, ministrados pela pesquisadora da Embrapa Agrobiologia Juliana Freire no Horto Florestal Santos Lima, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Santa Maria Madalena, no Estado do Rio de Janeiro. Ao todo, 31 pessoas estão sendo capacitadas, representando 19 unidades de conservação estaduais. “Nosso objetivo é discutir a resolução do Inea que autoriza a coleta de sementes em unidades de conservação estaduais, de 5 de julho de 2016, e estabelecer métodos de controle e avaliação dos projetos técnicos que serão submetidos para emissão dessa autorização”, explica a pesquisadora. O curso faz parte das atividades previstas no projeto Produção de sementes de leguminosas arbóreas nativas com qualidade genética para restauração ambiental da Mata Atlântica, desenvolvido em parceria pela Embrapa e pelo Inea. “A meta é que a coleta de sementes em unidades de conservação, ao destinar por obrigação 5% do material coletado para o banco de sementes florestais do Instituto, possibilite realizar a conservação ex-situ de espécies de interesse para conservação, por meio da implantação de pomares de sementes”, revela Juliana. Assim, os participantes serão treinados para atuarem diretamente ou apoiarem o Banco Estadual de Sementes Florestais (BESEF) nas atividades relacionadas à marcação de matrizes e coleta de sementes florestais. Além disso, pretende-se difundir e atualizar conhecimentos sobre técnicas de coleta e manejo, além de contribuir para a preservação da Mata Atlântica e para a restauração de áreas alteradas em unidades de conservação. Esta é a segunda semana seguida que a pesquisadora ministra um curso sobre coleta e manejo de sementes. Na semana passada, nos dias 29 e 30 de novembro, foi a vez de brigadistas de incêndio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) – órgão vinculado ao Ibama – aprenderem sobre o assunto, em curso realizado em Seropédica. Na ocasião, também participaram outros profissionais, como técnicos, coletores, viveiristas e também estudantes, totalizando um contingente de 36 participantes. “No curso informamos técnicas de coleta e os diversos comportamentos que as espécies apresentam à secagem e ao armazenamento, ajudando a definir os métodos de manejo mais apropriados para cada espécie”, informa. As atividades foram divididas em uma parte teórica e outra prática, desenvolvida em viveiro particular e também no Instituto de Florestas da UFRRJ.