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Curso oferece estratégias para uso de insumos nas lavouras
Foto: Paulo Lanzetta
Treinados realizam teste com diferentes resíduos orgânicos para verificar a aceitação do melhor alimento para as minhocas.
Durante esta terça e quarta-feira, 19 e 20 de maio, a Embrapa Clima Temperado realiza o Curso de Minhocultura, um curso básico, de 16 horas/aula, no Centro de Capacitação de Agricultores Familiares, o Cecaf, dentro das dependências de uma das bases físicas da Empresa, a Estação Experimental de Cascata (EEC). O instrutor é o pesquisador Gustavo Schiedeck, que já antencipou que haverá um próximo treinamento, com o mesmo enfoque, em outubro deste ano. Para 2016 está programado outro curso numa modalidade avançada.
Socializar as informações, como criar e manejar os minhocários, para obtenção de húmus a ser usado como insumo (fertilizantes) ou como fitoprotetor nas lavouras é um dos objetivos principais do treinamento, segundo o pesquisador e instrutor Gustavo Schiedeck. "A nossa ideia é ofertar outras formas e estratégias de otimizar o uso de insumos nas lavouras", falou.
Ele explicou que o curso foi planejado não somente para os agricultores, mas que serve também para um público urbano. "Os minhocários são excelentes alternativas para quem tem horta e jardins em casa", apontou.
Participamos de uma das atividades do programa do curso: a prática do teste de aceitação de alimento (1ª parte), onde os treinandos puderam fazer escolhas de misturas de extratos de resíduos orgânicos (esterco de vacas, de peixe e tungue, somente peixe, entre outros) para verificarem quais as escolhas preferenciais e qual o melhor resultado de aceitação como alimento pelas minhocas. Para o pesquisador o desafio será mostrar as escolhas feitas pelo grupo, neste curso, e assim também, em outras práticas nos demais cursos planejados. Entre o conteúdo programático foram trabalhados os seguintes assuntos: a importância e potencialidades da minhocultura na agricultura familiar; grupos ecológicos e características gerais das minhocas utilizadas em minhocultura; prática do teste de aceitação de alimento (1ª parte); tipos de minhocários e implantação na propriedade rural e prática de construção de minhocário campeiro e minhocário/composteira de tela.
No segundo dia, o grupo começa a acompanhar a programação do curso com uma nova prática do teste de aceitação de alimento (2ª parte) e participa das abordagens sobre alimentos e manejo da alimentação; manejo do minhocário e cuidados especiais; dicas de coleta do húmus e das propriedades e utilização do húmus de minhoca, e encerra, no final da tarde, com uma prática de produção e aplicação de húmus líquido.
A turma de treinandos desta primeira edição do curso são de diversos municípios da Metade Sul do Estado e ocupam atividades laborais diferenciadas. Deives Silva é engenheiro agronômo e está vinculado a chamada pública em Agroecologia do município de Caçapava do Sul. "Vou levar mais informações para serem inseridas nas ações de capacitação das chamadas públicas", disse.
Para o professor do curso de Agroecologia da FURG, Marcelo Stumpf, a sua participação está em colocar aplicáveis os conhecimentos que são repassados aos seus alunos. "Precisamos nos reiventar como professores e como profissionais e é preciso tornar uma realidade os conhecimentos entre a teoria e a prática", comentou.
Outro professor participante é Edson da Silva Farias, da Escola Agrícola de São Lourenço do Sul. Embora conhecedor da técnica da minhocultura, incluindo a realização da implantação de um minhocário na Escola, ele está participando para fazer a articulação de parceiros, aumentando as relações de sua instituição de ensino em ações futuras com outros representantes de outras instituições.
Cristiane Betemps (MTb 7418-RS)
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