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12/02/20 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Pesquisa vai avaliar plantios mistos de espécies arbóreas na restauração ambiental

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Foto: Liliane Bello

Liliane Bello - Foto ilustrativa: Mata Atlântica no Rio de Janeiro

Foto ilustrativa: Mata Atlântica no Rio de Janeiro

Projeto que teve proposta aprovada para financiamento pela Faperj pretende descobrir como os plantios mistos de espécies nativas arbóreas podem contribuir para a restauração ambiental e o cumprimento de importantes acordos internacionais na área. O estudo será conduzido pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) e realizado em áreas de floresta atlântica do Estado do Rio de Janeiro, com o intuito de avaliar como se dá o estoque de carbono e a estabilização da matéria orgânica no solo após o plantio. 

“A intenção é conhecer os processos de estabilização e proteção da matéria orgânica do solo e determinar a correlação entre esses processos e a diversidade e complexidade da estrutura da vegetação, o que permitirá dimensionar como o plantio de espécies arbóreas nativas pode colaborar para a mitigação dos efeitos do clima e a conservação da biodiversidade”, explica o pesquisador Luiz Fernando Duarte de Moraes. Ele conta que serão avaliados os estoques de carbono e os mecanismos capazes de estabilizar esse elemento no solo em três situações: nos plantios de espécies arbóreas nativas para a restauração de ecossistemas; em remanescentes florestais; e em pastagens abandonadas em ambiente de Floresta Atlântica de baixada, na Reserva Biológica de Poço das Antas, situada nos municípios fluminenses de Silva Jardim e Casimiro de Abreu. 

Nesses três casos, serão comparados alguns indicadores, como a fertilidade natural dos solos, os estoques de carbono e nitrogênio no solo e na biomassa microbiana, os padrões morfológicos e a contribuição química de agregados nos solos, a estrutura e a abundância da macrofauna do solo. Além disso, será estimada a eficiência no uso do carbono pela comunidade microbiana e será feito o fracionamento físico da matéria orgânica para determinar os estoques de carbono e nitrogênio nessas frações. Também será determinada a disponibilidade de nitrogênio, fósforo e enxofre como elementos estabilizadores da formação de estoques de carbono no solo e a contribuição do tipo de cobertura vegetal na formação dos estoques e na substituição do carbono nos solos.

Carbono e restauração ambiental

O desmatamento representa uma das maiores ameaças à biodiversidade e uma das mais expressivas fontes de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera. Daí a importância da restauração dos ecossistemas. “Historicamente, os principais estudos de monitoramento de ações de restauração ambiental têm se restringido ao desenvolvimento das comunidades vegetais, e o conhecimento de como se dá essa restauração no solo, principalmente nos processos associados à dinâmica do carbono e da matéria orgânica do solo, ainda necessita ser ampliado”, argumenta Luiz Fernando.

A restauração de ecossistemas está ganhando cada vez mais importância, tanto no cenário nacional, com a necessidade de adequação legal das propriedades rurais frente ao marco ambiental legal (Lei 12.651, de 2012), quanto no contexto internacional, em que é considerada um fator importante no cumprimento de acordos relativos ao clima e à conservação da biodiversidade. Além disso, a ONU decretou, em abril de 2019, que o período de 2021 a 2030 será a Década da Restauração de Ecossistemas.

Liliane Bello (DRT 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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