A BRS Xingu é uma cultivar protegida de amora-preta para condições de inverno ameno. Foi desenvolvida a partir de cruzamento entre a cultivar Tupy, a mais cultivada no país, e uma cultivar americana. Destaca-se por sua maturação tardia, que permite estender o período de colheita em duas semanas, em média. Em avaliações durante seis safras, também apresentou produção média de 800g a mais de frutas por planta do que a cultivar Tupy. Suas plantas possuem porte ereto e perfilhamento médio, com baixa necessidade de frio. O florescimento ocorre nos meses de setembro e outubro, com colheita de meados de novembro a início de janeiro nas condições de Pelotas/RS, onde foi desenvolvida. Em média, as frutas apresentam 8 a 10g e sabor equilibrado entre acidez e açúcar. A firmeza garante boa conservação pós-colheita. No Brasil, a BRS Xingú é indicada para os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, na Região Sudeste; e Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a Região Sul. Mas também pode ser cultivada nas condições da Guatemala e do México. A cultivar é destinada a empreendimentos e produtores de base familiar, de comunidades tradicionais e do setor de processamento. A BRS Xingú pode ser utilizada para comercialização das frutas ou para elaboração de doces, principalmente geleias, desidratados, sucos, iogurtes e sorvetes.