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QUALIDADE DE SEMENTES DE ARROZ PRODUZIDAS FORA DO SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO NO ESTADO DO MARANHÃO

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No estado do Maranhão, as lavouras arrozeiras apresentam produtividade média de 0,95 ton/ha, muita abaixo da média nacional que é de 5,46 ton/ha, evidenciando a necessidade de adotar tecnologias que permitam o aumento da produtividade, dentre as quais podemos destacar o uso de sementes de qualidade. Como a rizicultura ocupa destaque em relação á área plantada no Estado, o aumento na produtividade elevará consideravelmente a produção de arroz no Maranhão. O uso de sementes de alta qualidade propicia melhor estabelecimento inicial da lavoura (maior percentagem de emergência e velocidade de emergência), aumenta a eficiência de uso de fertilizantes e corretivos e reduz os prejuízos causados pela competição com plantas daninhas, por garantir adequada população de plantas e por evitar a introdução e dispersão de sementes de plantas daninhas e de doenças. Portanto, é um insumo insubstituível para o sucesso de qualquer cultura, e o arroz não é exceção. As observações sobre sementes que apresentam alta qualidade fisiológica e dão origem a plantas que crescem rapidamente e tem produção ótima, é datado da antiguidade como menciona Carvalho e Nakagawa (2000). A semente é o veículo que leva ao agricultor todo o potencial genético de uma nova e superior cultivar. A qualidade da semente é de fundamental importância para o agricultor, porque somente sementes de elevado nível de qualidade propiciam a maximização da ação dos demais insumos e fatores de produção empregados na lavoura (Carraro, 2001). Ainda é comum o agricultor separar parte de sua produção para utilizar na safra seguinte como semente (sementes salvas). Na semeadura, é comum elevar a densidade visando compensar eventuais falhas no estande, prática que parece ser muitas vezes inócua, apesar de ser prejudicial. A população de plantas muito elevada pode comprometer o perfilhamento, favorecer o acamamento, além de reintroduzir na propriedade quantidades consideráveis de patógenos veiculados com as sementes. A conjunção desses fatores pode provocar prejuízos expressivos ao produtor, decorrentes de gastos desnecessários com excesso de sementes, e principalmente pela redução da produtividade. O entrave da produção de semente salvas (sementes produzidas na própria propriedade) é a falta de instrução com relação aos cuidados adequados para a condução da lavoura, pois sabe-se que semente se produz no campo e também pela ineficiência de técnicas de beneficiamento e armazenagem, sendo que estes dois últimos fatores normalmente não estão presentes na propriedade. Considera-se, ainda, que além destes fatores já citados, os riscos ao optar por sementes salvas são maiores, podendo reduzir significativamente a produtividade final da lavoura, pois sementes mal armazenadas ou com danos não formam um plantel homogêneo, tendo assim uma lavoura mal implantada e a partir daí, as consequências de baixo vigor e população desuniforme diminuem consideravelmente a produtividade final da lavoura. Baseado nas informações acima descritas, temos como hipótese que as sementes salvas utilizadas pelos pequenos produtores de arroz do estado do Maranhão apresentam baixa qualidade, contribuindo para as baixas produtividades das lavouras maranhenses.

Situação: concluído Data de Início: Fri Jun 01 00:00:00 GMT-03:00 2018 Data de Finalização: Mon Nov 30 00:00:00 GMT-03:00 2020

Unidade Lider: Embrapa Cocais

Líder de projeto: Joao Batista Zonta

Contato: joao.zonta@embrapa.br