Propagação

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

João Emmanuel Fernandes Bezerra

Ildo Eliezer Lederman

 

A gravioleira pode ser propagada via semente (sexuada) ou vegetativamente (assexuada), sendo o primeiro processo o mais largamente utilizado, embora não seja o mais recomendado


Para propagação da gravioleira por sementes (mudas de pé-franco) alguns cuidados devem ser tomados para garantir a obtenção de mudas de boa qualidade:

1.    As sementes devem ser retiradas de frutos maduros e sadios (sem sintomas de ataque da “broca das sementes”), colhidos de plantas com altas produções. Com a finalidade de quebar a dormência e acelerar a germinação, recomenda-se a imersão das sementes por 24h em água fria ou a escarificação mecânica de sua porção terminal com lixa nº 2.

2.    A semeadura pode ser feita em canteiros repicando-se posteriormente ou diretamente em sacos de polietileno preto (35 cm x 22 cm x 0,2 cm) com perfurações para facilitar a drenagem. Os sacos devem ser cheios com um substrato formado pela mistura de terra fértil e esterco de gado bem curtido, na proporção de 3:1, e neles colocados 1 a 2 sementes. Após a germinação, faz-se o desbaste, deixando-se apenas uma planta por saco.

3.    A muda está apta para o plantio no local definitivo, quando atingir o diâmetro de 10 a 15 mm ou altura de 30 – 40 cm.

Dentre os processos vegetativos utilizados na propagação da gravioleira, a enxertia é o mais recomendado tanto por borbulhia como por garfagem. Em Pernambuco, os processos de enxertia por bobulhia em T – normal e em placa realizada em porta-enxertos com 10 e 12 meses de idade da própria gravioleira, foram superiores aos processos de garfagem lateral e de topo; e para os quais atingiram-se porcentuais de pegamento superiores a 70%.

    Na enxertia por garfagem recomenda-se tomar as seguintes precauções:

1. Os garfos ou ponteiros devem ser preparados 10 dias antes da enxertia, retirando-se as folhas da parte terminal do ramo – este procedimento visa acelerar o intumescimento das gemas e assim promover um melhor pegamento do enxerto.

2. Os garfos devem ter o mesmo diâmetro do porta-enxerto no local da enxertia e medir aproximadamente 15 cm de comprimento.

3. Após a enxertia, os garfos devem ser recobertos com um saco plástico transparente e amarrados aos porta-enxertos com a finalidade de evitar o ressecamento do ramo, o qual deverá ser retirado logo que surjam os primeiros sinais de brotação das gemas