O Brasil é o país que terá o maior número de cidades participando do festival mundial de divulgação científica Pint of Science este ano: 179 municípios de todas as regiões do país vão brindar a ciência nos dias 13, 14 e 15 de maio. Em Fortaleza, onde o festival ocorre desde 2018, as palestras serão no Hoots Gastropub, no Meireles, Cantinho do Frango e Bulls Beerhouse, na Parquelândia, com temas diversos. Criado na Inglaterra, em 2012, o Pint of Science promove a ciência de forma descontraída, com palestras simultâneas em 25 países diferentes. Este ano, os trabalhos apresentados são pesquisas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade de Fortaleza (Unifor) e Embrapa Agroindústria Tropical. A coordenação geral será, mais uma vez, da professora Adriana Rolim e a edição conta com o patrocínio da Funcap, CGV Oftalmologia, ⁠Clínica Conceptus, Metrix Imóveis, Instituto Emergência, Biotec, Alltechs e Cetrede. Abrindo o festival, na noite de segunda-feira (13/05), o professor Daniel Brito, da UFC, sobe ao palco do Hoots Gastropub, no Meireles com a palestra “Uma Máquina do Tempo Chamada JWST”. Será um convite para contemplar a grandiosidade e a complexidade do Universo revelada por essa máquina, que transcende as barreiras do tempo, conectando-nos ao passado, presente e futuro do Cosmos. Na sequência, será a vez de “Cyberhate e uso nocivo de redes sociais”, apresentada pela professora Kaline Lima, da Unifor. Preocupação crescente em todo o mundo, Ciberhate refere-se a comportamentos que envolvem discurso de ódio, agressão e discriminação na internet e redes sociais. Na terça-feira (14/05), o Cantinho do Frango, na Aldeota, recebe a programação do Pint of Science. O primeiro tema será “Desertificação no semiárido brasileiro desafios, causas e consequências”, com professor Fred Holanda, da UECE. O assunto é complexo e tem tido atenção especial pela comunidade científica, em função dos danos ambientais e elevado contingente populacional envolvido no processo de degradação da terra em ambientes secos. Fechando a segunda noite, Tommaso Giarrizzo, professor visitante na UFC, aborda a origem do plástico que polui praias e ameaça a vida marinha. “Mensagem em uma Garrafa: O Lixo Africano como Visitante Inesperado nas Praias do Ceará” é uma palestra emocionante e cheia de revelações. Quarta-feira (15/05) o festival ocupa o Bulls Beerhouse, na Parquelândia. Nivia Dias, pesquisadora da Embrapa, provoca a discussão sobre o desequilíbrio de gênero na comunidade científica com a palestra “Mulheres cientistas: por que ainda somos minoria?”. Em seguida, Juliana Melo, da Unifor, apresenta “Apague essa ideia”, com explicações, dados epidemiológicos, influências do hábito, mitos e verdades sobre o cigarro eletrônico. Pint of Science no Brasil Em 2024, o Brasil terá 179 municípios de todas as regiões do país participando do Festival, que promove a ciência de forma descontraída. “Falar sobre ciência não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para enfrentar desafios presentes e futuros”, afirma o coordenador nacional do evento, Luiz Almeida. Aproximar a ciência da sociedade de forma descontraída e acessível é o principal objetivo do festival, que busca estabelecer um diálogo aberto e informal entre os cientistas e o público, proporcionando uma experiência única e divertida. “Em um mundo pós-Covid, a importância de discutir ciência se torna mais fundamental do que nunca. A pandemia destacou a necessidade urgente de compreensão científica, informação precisa e colaboração global”, acrescenta Almeida. Em 2023, já houve um recorde de participação com 120 cidades se unindo à iniciativa, marca que será superada este ano, com a inclusão de 41 municípios que nunca sediaram o evento, e o retorno de vários que haviam deixado de participar da edição anterior. Entre os estreantes desta edição, estão os cearenses Brejo Santo e Juazeiro do Norte. “Isso mostra que o festival continua em plena ascensão. E desta vez sairemos dos bares e restaurantes e vamos também para praças públicas e outros locais a céu aberto”, revela o coordenador. A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do evento. Da Inglaterra para o mundo Em 2012, Michael Motskin e Praveen Paul, na época pesquisadores do Imperial College London, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores, trazendo aos laboratórios pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla para mostrar o tipo de pesquisa que estavam realizando. A experiência foi tão inspiradora que os dois cientistas pensaram: por que os pesquisadores não podem sair de seus laboratórios para encontrar as pessoas? Foi assim que nasceu o Pint of Science, com a primeira edição acontecendo na Inglaterra em maio de 2013. No Brasil, a história começa em 2015, quando o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos realizou a iniciativa pela primeira vez em uma cidade da América do Sul. De lá para cá, o festival foi ampliando seu impacto e expandindo-se pelo país, até que veio a pandemia de Covid-19, o que obrigou a adaptação do modelo para versões online em 2020, 2021 e 2022. Mais informações Site do evento no Brasil: https://pintofscience.com.br Site do evento global: https://pintofscience.com/ SERVIÇO Pinf of Science 2024 - PROGRAMAÇÃO FORTALEZA 13/05 - Segunda-feira Horário: 19h Local: Hoots Gastropub (Av. Desembargador Moreira, 125 - Meireles) Palestras: Uma Máquina do Tempo Chamada JWST (Daniel Brito – Universidade Federal do Ceará) Cyberhate e uso nocivo de redes sociais (Kaline Lima – Universidade de Fortaleza) 14/05 - Terça-feira Horário: 19h Local: Cantinho do Frango (R. Torres Câmara, 71 - Aldeota) Palestras: Desertificação no semiárido brasileiro desafios , causas e consequências” (Fred Holanda – Universidade Estadual do Ceará) Mensagem em uma Garrafa: O Lixo Africano como Visitante Inesperado nas Praias do Ceará (Tommaso Giarrizzo - Professor Visitante na UFC) 15/05 – Quarta-feira Local: Bulls Beerhouse (R. Gustavo Sampaio, 800 - Parquelândia) Horário: 19h Palestras: Mulheres cientistas: por que ainda somos minoria? (Nivia Dias – Embrapa Agroindústria Tropical) Apague essa ideia (Juliana Melo – Universidade de Fortaleza)