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Pesquisa contribui com resultados em prol da agricultura produtora de água
Photo: Michele (Faped)
Equipe Embrapa/AISA, em 10/4/2025. Presença do Gerente Adjunto de Portfólios e Programas de PD&I/Diretoria-Executiva de Pesquisa e Desenvolvimento, Alexandre Hoffmann
Nos dias 8 e 9 de abril, o II Workshop do programa Ação Integrada de Água e Solo (AISA) reuniu pesquisadores, técnicos e líderes de cooperativas para discutir os progressos no estudo da dinâmica entre solo, água e sistemas produtivos na área de influência do reservatório de Itaipu, abrangendo o Mato Grosso do Sul e o Paraná. Foram apresentados avanços como o mapeamento digital de solos, estudos hídricos, práticas agropecuárias sustentáveis para mudanças climáticas, monitoramento da qualidade do solo e a integração de vegetação e geologia para conservação.
O programa AISA é uma parceria entre a Itaipu - por meio do Programa Itaipu Mais que Energia, IDR-Paraná, Embrapa, Esalq/USP e Faped. Participam quatro Unidades da Embrapa: Solos (Rio de Janeiro/RJ), Agropecuária Oeste (Dourados/MS), Soja (Londrina/PR) e Florestas (Colombo/PR). O principal objetivo do programa consiste em diagnosticar a situação atual e promover práticas conservacionistas nos principais sistemas produtivos agropecuários das bacias hidrográficas que abastecem o reservatório de Itaipu, gerando dados para processos de modelagem hidrológica da usina.
As pesquisas em andamento incluem o monitoramento das perdas de solo, água e fertilizantes na água da enxurrada em áreas com e sem terraços, o desenvolvimento, validação e transferência de técnicas de manejo do solo e a recuperação de áreas degradadas. A iniciativa inédita no Brasil, em termos de pesquisa liderada por usina hidrelétrica, busca informações para subsidiar um modelo de gestão sustentável para os produtores rurais da região.
Uma das preocupações centrais do AISA é o impacto de práticas agropecuárias que podem levar à degradação do solo e à redução da infiltração da água da chuva, resultando em escoamento superficial e sedimentos nos rios, com potencial efeito no lago da Usina de Itaipu. O estudo visa aprimorar o cálculo do volume de água que chega ao reservatório após as chuvas, possibilitando medidas preventivas e um melhor aproveitamento dos recursos hídricos.
“Acreditamos no conceito da agricultura produtora de água, em que por meio da melhoria da qualidade do solo, vamos contribuir com a segurança hídrica das bacias hidrográficas. Por isso, estamos investindo em pesquisas relacionadas à qualidade dos solos e os benefícios da agricultura conservacionista para a lucratividade do produtor, o meio ambiente e a produção hidrelétrica. Estamos em busca de informações que subsidiem a tomada de decisão dos produtores para que haja sensibilização e engajamento deles, em prol da proteção dos recursos naturais”, informa o engenheiro agrônomo da Divisão de Apoio Operacional da Itaipu Binacional, Hudson C Lissoni Leonardo, idealizador e gestor do AISA.
O Gerente Adjunto de Portfólios e Programas de PD&I, Alexandre Hoffmann participou do II Workshop representando a Diretoria-Executiva de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa. Ele enfatizou a importância de acompanhar a apresentação dos resultados de pesquisa e que possibilitaram a identificação de outros espaços de cooperação. Segundo ele, o evento traduz a força de uma parceria de mais de 10 anos entre Embrapa e Itaipu, com resultados expressivos. “Agora é hora de direcionar esforços de forma coordenada e focar em grandes entregas. Podemos usar todo o conhecimento acumulado para deixar um legado de ações estruturantes, com foco em políticas públicas robustas e transformadoras para toda a região de influência da Itaipu”, afirmou.
Pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste demonstraram inovações tecnológicas para a sustentabilidade nos sistemas produtivos do Mato Grosso do Sul, incluindo novas formas de avaliação das condições do solo. A Embrapa Soja apresentou resultados que ressaltam a qualidade do manejo do solo como chave para a resiliência da agricultura do Paraná às mudanças climáticas, com destaque para os benefícios da diversificação de culturas.
Outra inovação apresentada, pela Embrapa Soja, foi uma metodologia digital para avaliar e redimensionar terraços agrícolas utilizando drones e inteligência artificial, demonstrando melhorias significativas na capacidade de armazenamento de água. Além disso, o projeto AISA está contribuindo com o levantamento de dados que estão subsidiando a atualizações no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), possibilitando as melhorias denominadas ZARC NM (Níveis de Manejo).
A Embrapa Solos também divulgou resultados parciais do mapeamento digital dos solos de três bacias hidrográficas do MS, fornecendo informações detalhadas sobre os tipos de solos e seus atributos. Adicionalmente, foi apresentado o Índice de Dissipação da Erosividade (IDE), uma ferramenta para avaliar o desempenho técnico e ambiental do uso das terras no controle da erosão. Os resultados preliminares indicam que o IDE é capaz de comparar o desempenho de produtores nesse aspecto.
Vários pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) apresentaram seus resultados no II Workshop. Algumas pesquisas apresentadas concluíram que o uso de alguns insumos naturais, como o dejeto líquido suíno e a cama de aviário, apresenta resultados significativos para o desenvolvimento das plantas e a saúde do solo. Da mesma forma, a manutenção da palhada e a decomposição de resíduos do próprio sistema agrícola contribuem com a liberação de nutrientes essenciais. Esses achados se alinham com a discussão sobre a influência da matéria orgânica na atividade biológica e na estrutura do solo, frequentemente enfatizada pela Embrapa.
Os resultados da pesquisa do IDR-Paraná reforçam ainda a importância de um manejo integrado do solo, que considere tanto a atividade biológica quanto a capacidade de infiltração da água, para garantir a sustentabilidade da produção agrícola e a proteção dos recursos hídricos, temas centrais do Workshop AISA.
Christiane Congro Comas (MTb: 825/9 (SC)
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Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
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Colaboração: Romeu de Bruns Neto (MTb: 8621/PR)
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