No dia 8 de abril, gestores da Embrapa Maranhão palestraram durante Encontro Pedagógico do Instituto Federal do Maranhão - IFMA Maracanã, evento que marca o início do semestre letivo. Na pauta das palestras, temas como a contribuição da Embrapa, eixos de atuação da empresa no Maranhão, fortalecimento da parceria entre as duas instituições a partir da construção da Sede da Embrapa Maranhão no campus do IFMA Maracanã, entre outros. O chefe-adjunto de pesquisa e desenvolvimento, Joaquim Costa, apresentou a Empresa, sua Rede de Pesquisa e o retorno econômico social que presta à sociedade. “Graças ao trabalho da Embrapa e parceiros, 27% do PIB é proveniente da agropecuária. Além disso, a cada 1 real investido na Embrapa R$21,23 retornam à sociedade, segundo o Balanço Social da Embrapa”, ressaltou. Ele também expôs os eixos de atuação prioritários da Embrapa Maranhão - Sistemas integrados de produção, Bioeconomia e Inovação social – e as principais pesquisas voltadas para os sistemas integrados. Entre elas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta - ILPF, mandioca com alta produtividade e alto teor de amido e agregação de valor, sementes de feijão enriquecidas com molibdênio e manejo do arroz. O chefe de pesquisa e desenvolvimento ainda destacou novas oportunidades de pesquisa e inovação - a exemplo dos sistemas agroflorestais incluindo cacau, fertilizantes à base de resíduo de açaí, pó de rocha e lithothamnium. Costa também nomeou as tecnologias sociais desenvolvidas em sistemas de produção para a agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, como o sisteminha, o consórcio rotacionado para a agricultura familiar, hortas pedagógicas e comunitárias, manejo de açaizais nativos e processamento da farinha. Para tratar dos temas de pesquisa referentes à Bioeconomia e Inovação Social, esteve presente a chefe-adjunta de transferência de tecnologia, Guilhermina Cayres, que citou a pesquisa do babaçu como componente florestal do ILPF e seus benefícios para a produção sustentável de carne e grãos e a possibilidade de se realizar estoques de carbono em áreas de ocorrência de babaçu, em benefício das comunidades tradicionais. Na mesma linha de bioeconomia, mencionou a pesquisa sobre alimentação de caprinos e ovinos com resíduos (“torta”) de amêndoas de babaçu e ainda a ferramenta manual de quebra do coco babaçu. Na área de Inovação social, apresentou a parceria entre a Embrapa, quebradeiras de coco e outras instituições no desenvolvimento de novas formulações para alimentos já produzidos pelas mulheres e novos produtos alimentícios à base do babaçu. “O objetivo foi agregar valor aos produtos da palmeira, ao trabalho das comunidades quilombolas e das famílias agroextrativistas que trabalham e geram renda com o babaçu. Para multiplicar os conhecimentos gerados no processo de inovação social, as quebradeiras receberam treinamentos e hoje capacitam outros grupos sociais na produção dos novos alimentos do babaçu para promover o empreendedorismo e a autonomia das mulheres”, explicou. O chefe-adjunto de Administração, Allyson Veras, falou sobre o fortalecimento da parceria estratégica entre a Embrapa Maranhão e o IFMA Maracanã com a construção da nova Sede da Unidade no campus do Instituto com recursos de 50 milhões do Novo PAC Embrapa. Veras informou que a elaboração dos projetos de arquitetura e engenharia da obra será licitada no início de agosto com previsão de mobilização do canteiro de obras no final deste ano. Ele apresentou a estrutura física do prédio e frisou que o instalação da Sede da Embrapa Maranhão no IFMA Maracanã irá fortalecer a cooperação institucional por meio de projetos de pesquisa, bem como a contribuição de pesquisadores da Embrapa na formação dos estudantes do IFMA e no compartilhamento do conhecimento científico com a sociedade. Ao final, professores do IFMA fizeram perguntas à equipe da Embrapa Maranhão sobre futuras parcerias e ressaltaram os frutos a serem colhidos no ensino, pesquisa e extensão.