18/03/16 |   Water Resource Management

Comitê Gestor de Aquicultura da Embrapa avalia resultados de projetos

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Photo: Jefferson Christofoletti

Jefferson Christofoletti - Viveiros escavados

Viveiros escavados

Pesquisadores de diferentes Unidades da Embrapa, participantes do Comitê Gestor do Portfólio de Aquicultura, se reuniram na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) de 16 a 17 de março, para avaliar resultados de projetos que atualmente compõem o Portfólio de Aquicultura da Embrapa e prospectar tendências de pesquisas para atualização do documento síntese orientador dos trabalhos. Além disso, as linhas temáticas hoje consideradas prioritárias nesse Portfólio foram avaliadas e, conforme a necessidade, ajustadas.

O Comitê é presidido por Eric Routledge, que também é chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO). Compõem ainda esse Comitê pesquisadores de outras seis Unidades da empresa: Meio-Norte (Parnaíba, PI); Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE); Amazônia Ocidental (Manaus, AM); Pantanal (Corumbá, MS); Meio Ambiente e Agropecuária Oeste (Dourados, MS).

"A carteira apresenta hoje 62 projetos, sendo que 24 foram fruto de avaliação na chamada 09/2013 e 13 co-financiados que foram incluídos ao longo de 2015", informa Eric.

Ricardo Borghesi, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, explica que o encontro direcionou os temas para atender as linhas carentes de projetos, além de avaliar os impactos dos resultados já alcançados.

A pesquisadora da Embrapa Meio-Norte Alitiene Pereira destaca que todos os membros do Comitê Gestor do Portfólio atuam de forma distinta em decorrência de suas especialidades na área de aquicultura, o que facilita a gestão do Portfólio.

Jorge Lara, pesquisador da Embrapa Pantanal, também pensa assim. Cada um faz uma leitura diferente dos aspectos analisados. "Minha visão é sobre as tecnologias do pescado, a expectativa desse segmento do setor, além da análise do padrão e da qualidade, do uso integral do peixe, inclusive dos resíduos. Conforme Lara, existem diferentes graus de desenvolvimento de peixes e a produção de tilápia está na frente. Peixes nativos precisam do desenvolvimento de mais tecnologias que a tilápia, em termos de tecnologia. A partir de experiências nacionais e internacionais, pode-se adaptar e transferir tecnologias para esse setor".

De acordo com Luciana Ganeko, pesquisadora da Pesca e Aquicultura, cabe ao comitê acompanhar e avaliar os resultados e impactos das dezenas de pesquisas que a empresa realiza em aquicultura, que são em diversas áreas, como sanidade, nutrição, sistemas de produção, manejo e gestão ambiental dos sistemas produtivos e estudos socioeconômicos. O atual documento que norteia as pesquisas  propõe a concentração de esforços em sete espécies (tilápia, tambaqui, pirarucu, cachara, camarão-cinza, bijupirá e jundiá), além de peixes ornamentais e também de outras espécies, desde que haja demandas de mercado bem justificadas.

De acordo com Eric, "a organização desses projetos no formato de portfólio vêm direcionando as propostas submetidas para atendimento de demandas organizadas em temas e linhas prioritárias de forma a contribuir para concentrar os esforços e diminuir a dispersão que havia no tema. As particularidades regionais e o grande potencial que o país apresenta em aquicultura aumentam ainda mais o desafio da empresa visando a atender diferentes demandas do setor produtivo em nível nacional".

Também foi elaborado o relatório de gestão anual do Portfólio. "Para embasamento, consideramos as perguntas estabelecidas pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), onde consta a revisão das linhas prioritárias de pesquisa associadas ao perfil da carteira de projetos e a sua contribuição para o alcance dos resultados previstos", explica Eric. O DPD é a Unidade da Embrapa responsável pela gestão corporativa dos projetos da empresa.

"As próximas ações do Comitê serão o levantamento de demandas junto ao setor produtivo (reuniões e workshops regionais), o mapeamento de competências na área de aquicultura no âmbito das Unidades da Embrapa (incluindo pesquisadores que atuam direta ou indiretamente na área de aquicultura)  e a prospecção e busca por parceiros internacionais com a colaboração e participação do LABEX da Embrapa" informa Julio Queiroz, Secretário Executivo do Portfólio e pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente

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