14/08/14 |   Family farming  Agroenergy  Agroindustry

Conferências destacam diversos usos das oleaginosas na agricultura familiar

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Photo: Edna Santos

Edna Santos - A agricultura familiar na produção de oleaginosas no Brasil foi o tema da conferência ministrada pelo coordenador de Biocombustíveis da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, André Grossi

A agricultura familiar na produção de oleaginosas no Brasil foi o tema da conferência ministrada pelo coordenador de Biocombustíveis da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, André Grossi

Duas conferências deram início aos trabalhos do segundo dia do VI Congresso Brasileiro de Mamona, que está sendo promovido de 12 a 15 de agosto, em Fortaleza, CE. A primeira teve como tema A agricultura familiar na produção de oleaginosas no Brasil e foi ministrada pelo coordenador de Biocombustíveis da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), André Grossi.

Ele destacou que a soja segue firme em primeiro lugar no ranking de oleaginosas para produção de biocombustível no país, com 80% de participação. Segundo Grossi, a agricultura familiar responde por 14 a 16% da soja produzida no Brasil.

Outra fonte importante é o sebo bovino, com 18%, seguida pelo caroço do algodão, com 2%.  "Assim como a soja, o óleo do algodão é um coproduto que tem viabilidade econômica para a produção de biodiesel", afirmou.

As demais oleaginosas como amendoim, canola, mamona, dendê, palma e macaúba não têm participação significativa na produção de biodiesel. No entanto, dos 4,5 milhões de produtores que apresentaram Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP), 250 mil declararam que produzem oleaginosas.

Conforme André Grossi, o programa do biodiesel e o selo de combustível social foram grandes incentivadores para o cultivo dessas culturas, mas as oleaginosas vão além disso. "Elas podem ser energia, alimento e abastecer a indústria química. Não devemos pensar nas oleaginosas somente para a produção de biocombustível. Elas têm outras finalidades mais nobres, têm uma importância enorme para a alimentação humana e precisam avançar além do selo social", declarou.

A segunda conferência abordou as políticas públicas para produção de oleaginosas, com a apresentação do coordenador geral de agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, João da Silva Abreu Neto, que ratificou o posicionamento de Grossi em relação à diversificação dos usos das oleaginosas.

"A participação das oleaginosas na matriz energética do Brasil é de 0,8%. Então, nós não podemos pensar somente na produção de oleaginosas para energia, nós precisamos pensar outros usos para elas", disse.

Abreu Neto afirmou que a explicação para o fato de a soja ser a principal oleaginosa para produção de biocombustível é a escala de produção. "Nosso objetivo é fomentar o crescimento dessas outras oleaginosas para que suas cadeias cheguem ao mesmo nível da soja e de outras culturas que são suficientes para abastecer o mercado nacional e ainda ter excedente para exportação", afirmou. "Nós podemos fazer isso com tecnologias e políticas públicas. O conhecimento, nós temos; o que falta é aplicar esse conhecimento em menor escala, com os agricultores familiares", completou.

Edna Santos (MTB-CE 1700)
Embrapa Algodão

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