20/07/15 |   Technology Transfer  ICLFS

ILPF ajuda no conforto animal

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"Conforto térmico é prioridade para a produção animal no Brasil pela temperatura ambiente e umidade relativa do ar elevadas durante todo o ano. Esses dois componentes afetam a produção nos sistemas animal, e uma boa maneira de produzir com eficiência é proporcionar conforto aos animais." A afirmação é da pesquisadora Maria de Fátima Ávila, da Embrapa Gado de Leite, primeira palestrante da sessão 8 do Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que abordou a temática "Como mudar de sistemas convencionais à produção leiteira ou de pequenos animais (ovinos e caprinos) em ILPF". O evento ternomou na sexta-feira (17).
 
Para entender a importância do componente arbóreo nos sistemas de ILPF silvipastoril, Ávila realizou trabalho de coleta de dados durante três anos para avaliação do estresse calórico pela temperatura retal e frequência respiratória dos bovinos. Ela concluiu que o estresse calórico tem impacto violento na fisiologia do animal, na produção de leite, na reprodução, no índice de mortalidade. "Trabalhar com sistemas integrados mostrou vantagem em relação ao monocultivo", conclui Ávila.
 
César Poli, do departamento de zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande Sul (URGS), segundo palestrante da sessão 8, relatou que quando veio a ideia de incorporar ao sistema tradicional o de integração-lavoura-pecuária, contou com a ajuda da Embrapa. Na palestra, mostrou alguns desafios para a produção de ovinos em ILPF, que é um animal exigente em alimentação. "O ovino pasteja pensando no que vai comer e consegue pegar alimento de melhor qualidade, se comparado a outros ruminantes", observou Poli . Também mencionou que o ovino responde muito bem ao manejo da pastagem, que tanto no calor, como no frio a árvore dá um reflexo na produção de cordeiros.
 
Finalizando a sessão, o pesquisador José Henrique Rangel, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, apresentou modelos de ILPF para o semiárido do Nordeste, onde fruteiras irrigadas são aproveitadas para o pastejo de ovelhas, alertando que "não existem culturas que resistam ao estresse hídrico que ocorre na caatinga, onde a sustentabilidade é muito baixa". 
 
Sobre os modelos desenvolvidos para a caatinga no semiárido, Rangel relatou que o melhor uso da caatinga para o pastejo de ovelhas é o sistema CBL (caatinga, buffel, leguminosas), junto com outros como Cabrito ecológico (Cabritos nativos + Caatinga + capim Buffel  + suplementação), Sistema agrosilvipastoril (área agrícola + área pastoril + área madeireira) e raleamento da Caatinga (Caatinga raleada + buffel + policultivos) para a produção de alimentos. "Na região nordeste, em pequenas propriedades, nenhum produtor cria somente uma raça de animal, por isso, o sistema misto", disse Rangel.
 
Outro modelo apresentado foi o uso da gliricídia para a zona da Mata e Agreste, que produz forragem o ano todo, e é uma alternativa para o fornecimento de alimento para os animais, afirma Rangel.
 
 

Elizabete Antunes
Secretaria de Comunicação

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