Projeto GrãosAgroeco realiza diagnóstico socioeconômico de agricultores familiares em Anápolis (GO)
Projeto GrãosAgroeco realiza diagnóstico socioeconômico de agricultores familiares em Anápolis (GO)
Representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), da Uni Evangélica e da Embrapa conduziram entrevistas para levantar o perfil socioeconômico de agricultores familiares associados à APROAR (Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região). A iniciativa é uma etapa do Projeto GrãosAgroeco, que tem por objetivo inserir a produção de feijão em estabelecimentos dos associados da APROAR, seguindo os princípios agroecológicos de produção, como mais uma fonte de renda e de diversificação de cultivos.
Sob a coordenação da socioeconomista da Embrapa Arroz e Feijão, Osmira Fátima da Silva, o diagnóstico agro socioeconômico foi realizado na propriedade de Márcio Sousa de Rezende, no Distrito de Souzânia; e, na Fazenda Jenipapo, da agricultora Elizabeth de Fátima Rodrigues. O trabalho busca compreender e valorizar os conhecimentos e práticas de manejo utilizadas pelos agricultores em seus sistemas de produção, e, conjuntamente com a equipe técnica, desenhar formas e ações que possam fomentar o desenvolvimento social, econômico e ambiental com base em princípios agroecológicos.
O levantamento do perfil socioeconômico de agricultores associados à APROAR na região de Anápolis será complementado pela avaliação e determinação participativa de indicadores relacionados ao componente ambiental nos estabelecimentos. O objetivo desses diagnósticos é estabelecer uma visão abrangente das condições de produção dos empreendimentos, de ações conjuntas e participativas que aprimorem a atividade agrícola, respeitando o manejo da agrobiodiversidade e da ecologia local.
Trabalho em parceria
O Projeto GrãosAgroeco conta com o apoio da APROAR, uma entidade representativa relevante no Estado de Goiás. Iniciada em 2011, a APROAR tem seus produtos vendidos em feira do Parque Ipiranga, em Anápolis, todas às terças-feiras, e também em diversos estabelecimentos comerciais locais.
Atualmente, a APROAR comercializa cenoura, chuchu, beterraba, limão, abacate, banana, mandioca, repolho, quiabo, jiló, berinjela, couve-flor, brócolis, rúcula, alface, mel e produtos artesanais, como pães, rapadura e derivados do leite, entre outros. A oferta dos alimentos varia, conforme a época do ano e o clima, uma vez que a produção ocorre respeitando princípios agroecológicos e a sazonalidade das espécies e variedades.
A Presidente da Aproar, Leiliane Honorato da Silva, destaca que a produção agroecológica se consolida, cada vez mais, como um importante segmento. Suas vantagens ambientais, econômicas e sociais atraem a atenção de novos produtores e da sociedade em geral. Para Leiliane, a comercialização de alimentos agroecológicos vem sendo impulsionada pela busca dos consumidores por um estilo de vida mais saudável.
O pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Agostinho Didonet, coordenador do GrãosAgroeco, explica que o Projeto tem duração de três anos e possui abordagem participativa, construída em conjunto com as pessoas que moram no campo. Ele esclarece que o foco do trabalho não está na aplicação de tecnologias e em especialidades técnicas na condução dos cultivos. “A essência do Projeto GrãosAgroeco está nas famílias dos agricultores, considerando seus interesses, suas capacidades, as características das propriedades, a parceria entre vizinhos e a organização social das comunidades”, afirmou Agostinho Didonet.
Rodrigo Peixoto (MTb/GO 1.077)
Embrapa Arroz e Feijão
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