Realizada de 8 a 13 de setembro no Shopping Conjunto Nacional, em Brasília (DF), a Exposição Cerrado Vivo apresentou elementos representativos da riqueza do segundo maior Bioma brasileiro em extensão e objeto de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa. O evento marcou as comemorações da Semana do Cerrado, e foi promovido pela Empresa em parceria com o shopping, com o apoio da Associação dos Fruticultores Familiares e Produtores de Maracujá do Distrito Federal e Entorno (Aprofama) e da Universidade de Brasília (UnB). Logo na entrada do Centro Cultural do shopping, local onde foi montada a exposição, os visitantes puderam conhecer e degustar o fruto e o suco do maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado, desenvolvido pela Embrapa Cerrados (Planaltina, DF) e parceiros. O produto já é comercializado pela Aprofama aos sábados na Ceasa-DF. No outro ambiente da exposição, foram apresentadas rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas encontradas no Cerrado e que podem ser utilizadas como condicionadores de solo para a agricultura. Também foram apresentadas amostras de óleos aromáticos extraídos da flora do Bioma, trabalho realizado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF). A flora e fauna do Bioma foram representadas por exemplares de espécies vegetais nativas como macaúba, amendoim forrageiro, babaçu e algodãozinho do cerrado, bem como de insetos da coleção entomológica da Embrapa Cerrados. Duas cultivares de mandioca de mesa que serão lançadas ainda este ano e que são mais nutritivas: uma amarela, rica em betacaroteno, e uma rosada, que contém licopeno – ambas as substâncias são antioxidantes. Os visitantes puderam ainda aprender mais sobre preservação do Bioma com o jogo "Desafio no Cerrado", que foi aplicado pelo analista Renato Berlim, da Embrapa Cerrados, com o auxílio de alunos da UnB. Estudantes No dia 11 de Setembro, dia em que se celebra o Dia do Cerrado, cerca de 40 alunos do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental da escola CEF 04 de Brasília, da rede pública de ensino do DF, visitaram a exposição. Guiados pela pesquisadora Araci Alonso, da Embrapa Cerrados, eles percorreram o espaço da mostra e assistiram a uma palestra sobre o Cerrado. Os estudantes aprenderam sobre as diferentes fitofisionomias do bioma, bem como os diversos serviços ecossistêmicos prestados pela flora e fauna, como dispersão de sementes, ciclagem de nutrientes, polinização e controle biológico de pragas na agricultura. Coordenador do Programa Mais Educação na escola, o professor Vicente Gomes da Silva explicou que os alunos estão desenvolvendo um trabalho interdisciplinar sobre meio ambiente e inclusão social. "A exposição é uma boa oportunidade para que eles tenham uma visão geral dos aspectos do Cerrado", afirmou. Danilo Dias, de 13 anos e aluno do 7º ano, gostou de conhecer as plantas nativas do Cerrado. Já para Júlia Rodrigues e Heloísa Silva, ambas de 12 anos e alunas respectivamente do 6º e do 7º ano, a beleza das borboletas da coleção entomológica foi o que mais lhes chamou a atenção. "Agora já sei o que fazer no meu trabalho de ciências", disse Heloísa.