Pesquisa e setor produtivo definem agenda conjunta para manejo do bicudo do algodoeiro no Oeste da Bahia
Pesquisa e setor produtivo definem agenda conjunta para manejo do bicudo do algodoeiro no Oeste da Bahia
Photo: Fabiano Perina
Encontro foi promovido pela Embrapa em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão
Com o objetivo de definir uma agenda conjunta de ações para o combate à principal praga do algodoeiro no Brasil, pesquisadores e representantes dos cotonicultores participaram nesta quinta-feira (9) de workshop sobre Manejo do bicudo no Oeste da Bahia, em Barreiras. O evento foi promovido pela Embrapa em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
Na primeira parte do workshop, a Abapa apresentou o cenário atual do bicudo do algodoeiro no Oeste da Bahia, onde a incidência da praga tem aumentado, provocando a redução da área plantada com a cultura em cerca de 40 mil hectares. De acordo com o coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Celito Missio, o custo anual para o controle do bicudo na região está estimado em torno de 3,5 milhões de reais. Entre as causas apontadas pelos representantes da Abapa para o avanço da praga estão: as soqueiras (plantas de algodão remanescentes no campo) e as tigueras (plantas voluntárias), que hospedam bicudo na entressafra, comprometendo o período do vazio fitossanitário.
O transporte inadequado das cargas de pluma de algodão, que acabam gerando plantas nas margens da rodovia, é outro problema que tem dificultado a redução da população de bicudos nas áreas produtoras.
Na segunda parte do encontro, os pesquisadores da Embrapa apresentaram os impactos da praga na produtividade do algodoeiro; as soluções adotadas em outros países para o controle do bicudo do algodoeiro; pesquisas comparando o impacto do bicudo nas áreas sem presença de plantas de algodão no período de vazio fitossanitário às áreas com presença do algodoeiro hospedando a praga; trabalhos sobre a dinâmica populacional e biologia do bicudo, além de pesquisas envolvendo o controle biológico.
Após as exposições, os participantes discutiram ações e pesquisas a serem implementadas em curto e médio prazo visando ao controle do bicudo e à sustentabilidade da cultura do algodão. Entre as demandas de pesquisas levantadas estão: Estudo de eficiência agronômica de produtos já existentes no mercado para o controle do bicudo do algodoeiro; Ampliar os estudos sobre o controle biológico do bicudo do algodoeiro; Métodos eficientes para o controle de tiguera; Algodoeiro transgênico resistente ao bicudo do algodoeiro; e alternativas para destruição química e mecânica do algodoeiro.
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
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