O artigo Mangaba, “fruta que o gosto gruda e não sai”, escrito pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) Josué Francisco da Silva Júnior, foi publicado em maio no portal virtual do Museu do Açúcar e Doce. De forma poética, lúdica e pitoresca, mas sem se distanciar do olhar científico e historiográfico que lhe é peculiar – é um dos grandes especialistas do país em em recursos genéticos de fruteiras tropicais – Josué descreve com riqueza de detalhes as dimensões antropológicas, agronômicas, biológicas e sociais de um dos frutos de maior riqueza simbólica do território brasileiro. Citando diversos intelectuais e autores de variadas épocas da história brasileira, Josué contextualiza e descreve a riqueza e importância alimentares e culturais da mangaba em todos os estratos sociais em Pernambuco e outras partes do Nordeste e do Brasil. Josué, que atua na Unidade de Execução de Pesquisa da Embrapa Solos no Recife, é o curador do Banco Ativo de Germoplasma mantido pela Embrapa em seu campo de Itaporanga d’Ajuda, no Litoral Sul de Sergipe. O banco é uma das mais importantes estratégias de conservação dos recursos genéticos da fruta, e serve de base para diversas pesquisas. Para acessar o artigo de Josué na página virtual do Museu do Açúcar e Doce na Internet, clique aqui. O Museu do Açúcar e Doce é um museu virtual que tem a missão e a vocação de atuar, em contexto nacional e internacional, no amplo e diverso campo da comida integrada à cultura. Live sobre o tema O Observatório do Patrimônio Gastronômico do Nordeste (Opanes), em parceria com o Senac, promovem na sexta (12) uma transmissão ao vivo com o mesmo título do artigo e a participação do pesquisador. A transmissão acontece das 11h às 12h no canal do Opanes no YouTube, neste link. Quem não conseguir assistir ao vivo pode acessar a transmissão na íntegra após a sua realização, bastando acessar o mesmo link. No bate-papo, Josué conduzirá os internautas em uma viagem pela história do consumo da mangaba, desde os povos pré-colombianos até os dias de hoje, abordando relatos de naturalistas, importância socioeconômica e seu papel na identidade cultural, na paisagem alimentar do litoral do Nordeste e nas comunidades tradicionais que sobrevivem da fruta. Ele abordará também a evolução na culinária à base de mangaba desde os povos indígenas até os mercados globalizados atuais.