Insetos-praga da mandioca vão ser abordados em seminário virtual
Insetos-praga da mandioca vão ser abordados em seminário virtual
Nesta sexta (2/2), às 9h, o entomologista Rudiney Ringenberg, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, vai ministrar treinamento on-line sobre manejo integrado de insetos-praga na mandioca.
O evento é voltado para agricultores e técnicos da Chapada do Araripe, região que possui aproximadamente 1 milhão de hectares e abrange municípios nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco, cujas lavouras de mandioca têm sido atacadas por pragas e doenças. Dentre as pragas, ocorrem com frequência os ácaros, percevejos, cochonilhas, broca-do-caule, mosca-do-broto e atualmente, com alto nível de dano, o mandarová, lagarta desfolhadora.
“A ausência de monitoramento e planejamento de combate a essa praga tem causando danos enormes às lavouras, em todas as fases da cultura”, explica o pesquisador Jaeveson da Silva, que atua no campo avançado Extremo Nordeste da Embrapa Mandioca e Fruticultura, situado em Mossoró (RN). “Tive acesso a diversas imagens, que indicaram a intensidade do ataque e necessidade de intervenção. Em contato com o colega Rudiney, ele indicou a possibilidade de apoio, a princípio, com treinamento virtual, e de uma posterior visita a região”, conta.
“O ciclo do mandarová é muito rápido. Os produtores e técnicos precisam ser capacitados rapidamente também. O mandarová é de fácil controle desde que se faça um monitoramento constante da lavoura para se detectar o início do ataque. Portanto, é de suma importância que o agricultor conheça as diferentes fases do ciclo biológico do inseto”, explica Rudiney, que é sediado no campo avançado Centro-Sul, situado em Londrina (PR).
O evento realizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura em conjunto com a fecularia Cibus, gerida pela empresa Maná Alimentos, e a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Araripina (PE) vai contar com a participação de técnicos das secretarias de Agricultura de Araripina, Bodocó, Exu, Moreilândia (PE), Araripe e Salitre (CE), Marcolândia, Simões e Caldeirão Grande (PI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina (Faciagra), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Banco do Nordeste, além de produtores do projeto Rainhas da Mandioca (Serra do Cavaco, Serra do Jardim I, Serra do Aperto e Serra do Massapê, PE), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araripina (PE) e ONG Chapada.
O mandarová
O mandarová (Erinnyis ello) é considerado uma das pragas mais importantes da cultura da mandioca. Devido a sua ampla distribuição geográfica e à alta capacidade de consumo foliar, especialmente nos últimos ínstares (estágios larvais), a lagarta pode causar severo desfolhamento, reduzindo a produtividade, durante os primeiros meses de desenvolvimento da cultura até ocasionar a morte de plantas jovens.
A lagarta passa por cinco estágios que duram aproximadamente de 12 a 15 dias, período em que consome, em média, 1.107 cm² de área foliar, sendo que 75% dessa área são consumidos no quinto ínstar.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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