O “Seminário de divulgação das Pesquisas do Projeto Rural Sustentável – Cerrado (PRS-Cerrado) em Minas Gerais” foi realizado na quinta-feira, 6 de junho, na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas. No evento, foram divulgados os resultados desses estudos que estão impulsionando avanços e inovações para uma produção mais sustentável no campo. O seminário, promovido pelo PRS-Cerrado, reuniu gestores públicos, pesquisadores, estudantes, produtores rurais e representantes de organizações socioprodutivas parceiras do projeto. As atividades foram coordenadas por Victor Oliveira e Marcella Vidal, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, fez a abertura do evento junto com Victor Oliveira e Ladislau Araújo Skorupa, representante do Conselho Consultivo do PRS-Cerrado e pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. “A reunião de hoje está pautada em três temas centrados em avaliação de impacto, inovação e sustentabilidade. A sustentabilidade é uma condição para que a lógica de produção com produtividade e com competitividade tenha efetividade”, disse Durães. A programação contemplou a apresentação das nove pesquisas realizadas no projeto com foco em Minas Gerais e uma visita à Unidade de Referência Tecnológica e de Pesquisa em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) da Embrapa Milho e Sorgo. Os detalhes de cada pesquisa estão descritos no livreto “Rural Sustentável Cerrado - Sobrevoo das Pesquisas Minas Gerais”, disponível no link: https://heyzine.com/flip-book/f2fbee522d.html#page/1 O seminário foi dividido em três painéis temáticos. No primeiro, intitulado "Avaliação do Impacto da Agropecuária na Emissão de Gases: Técnicas de Medição, Registro e Verificação”, foram abordados os assuntos “Desenvolvimento e validação de um sistema MRV para a Agricultura ABC aplicado ao Projeto Rural Sustentável II”, por Ladislau Skopura, da Embrapa Meio Ambiente. “Abordagem Nexus da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): uma questão de segurança alimentar, hídrica e energética”, por Bruno Alves, da Embrapa Agrobiologia. “Estimativa de desmatamento evitado e quantificação de serviços ecossistêmicos em município do Bioma Cerrado”, por Daniela Castagna,, representando Laurimar Vendrusculo, da Embrapa Agrossilvipastoril. O segundo painel, nomeado “Inovação Sustentável no Cerrado: Explorando áreas experimentais para transformar a agropecuária”, foi dividido em quatro assuntos. “Biodiagnóstico de solos sob pastagens em sistema de produção orgânica e bioprospecção e desenvolvimento de bioinoculantes para forrageiras no Cerrado”, por Caio Costa, do Instituto de Microbiologia Paulo de Goés, da UFRJ. “Inovação e otimização da análise de solos, plantas, alimentos e insumos: uma contribuição para o uso sustentável do cerrado e segurança alimentar”, por Bruno Ribeiro, da Universidade Federal de Lavras. “Análise técnica e econômica de cultivos agrícolas em sistemas integrados com macaúba”, por Sílvio Oliveira Neto, da Universidade Federal de Viçosa. “Árvores frutíferas do Cerrado”, por Júlio Melo, da Universidade Federal de São João del-Rei. Já o terceiro painel, chamado “Da prática aos resultados: estratégias avançadas para ampliar o Carbono nos solos agrícolas e transferência de tecnologias em ILPF”, foi composto de dois tópicos: “Recuperação de pastagens degradadas em sistemas ILPF no bioma Cerrado, intensificando o desempenho forrageiro, animal e florestal”, por Fernando Franco, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), e “Potencialidades de sistemas ILPF para alavancar a agropecuária em regiões do Cerrado com limitações edafoclimáticas”, por Ramon Alvarenga, da Embrapa Milho e Sorgo. Investimento em pesquisas em Minas Gerais O PRS-Cerrado visa promover a geração de conhecimento e fortalecer a massa crítica de instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento e de pesquisadores envolvidos nas temáticas que englobam a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono no Cerrado. Para isso, fornece apoio financeiro para a execução de projetos de pesquisa em duas linhas de atuação. O Edital de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é destinado a instituições de ensino e pesquisa e seus/suas pesquisadores(as), visa atrair novas iniciativas e inovações direcionadas para sistemas sustentáveis de produção agropecuária com foco na agropecuária de baixa emissão de carbono e inovações tecnológicas e de mercado nos estados de atuação do projeto. Já as Pesquisas Direcionadas englobam os projetos que objetivam responder às principais lacunas e demandas de conhecimento atuais no tema e nas tecnologias apoiadas pelo projeto, além de acompanhar e monitorar pesquisas prioritárias para o alcance dos objetivos do projeto. Com um investimento superior a 12 milhões de reais, o PRS-Cerrado apoia 35 pesquisas científicas agrupadas em temas específicos. Dessas, treze fazem parte das Pesquisas Direcionadas, enquanto 22 foram selecionadas por meio do Edital de Pesquisa e Desenvolvimento. No estado de Minas Gerais, em nove projetos de pesquisa, foram investidos mais de 3,7 milhões de reais. Entre as instituições executoras estão as Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Agrobiologia, Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Milho e Sorgo; a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig); o Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, da UFRJ; a Universidade Federal de Lavras; a Universidade Federal de São João del-Rei - Campus Sete Lagoas e a Universidade Federal de Viçosa. O PRS-Cerrado Com atuação em quatro estados brasileiros, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, o Projeto Rural Sustentável-Cerrado tem como objetivo mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos e médios produtores no bioma Cerrado, por meio da implementação de tecnologias de baixa emissão de carbono. O projeto é resultado da cooperação técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como beneficiário institucional, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica, e a Associação Rede ILPF, pelo apoio técnico.