10/07/24 |   Preventive Breeding

Universitários conhecem pesquisas com fitopatologia e cultura do cupuaçu em visita técnica à Embrapa

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Com a finalidade de conhecer as pesquisas sobre fitopatologia e a cultura do cupuaçu, uma turma composta por professora e alunos de graduação do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Itacoatiara, realizou visita técnica na Embrapa Amazônia Ocidental na manhã desta quarta-feira, 10/7. A programação contou com palestras das pesquisadoras Maria Geralda Souza e Ana Pamplona e visita à Casa de Vegetação, para demonstrações de inoculação e formação de fungos, e práticas no Laboratório de Entomologia.

A pesquisadora Maria Geralda falou das principais doenças do cupuaçuzeiro, como vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo Crinipellis perniciosa; e monilíase, provocada pelo fungo Moniliophthora roreri.  Esta última está causando maior preocupação pelo poder devastador. Uma vez instalada nas plantações causa grandes perdas econômicas, pois pode comprometer até 100% da produção. Ela ataca diretamente o fruto do cupuaçu e do cacaueiro, em qualquer fase do seu desenvolvimento. Várias ações estão sendo empreendidas pelo Ministério da Agricultura e Governo do Estado do Amazonas para conter os avanços devastadores da doença.

A Embrapa, por meio de seu programa de melhoramento do cupuaçuzeiro está testando materiais resistentes à vassoura-de-bruxa, no município de Benjamin Constant, no Alto Solimões, visando encontrar clones resistentes também à monilíase. Além disso, vem orientando os agricultores a adotarem práticas de manejo para conter o avanço da doença, como a realização da poda fitossanitária preventiva em todas plantas hospedeiras da monilíase, como cacaueiro, cacauí, cabeça de urubu, macambo, cacau jacaré e cacau azul.

A pesquisadora Ana Pamplona demonstrou como conter a broca-do-fruto, que acomete os frutos do cupuaçu deixados no chão. É importante recolher os frutos, para evitar o ciclo do inseto que penetra nos frutos e estraga a polpa. Uma alternativa ecológica e viável para pequenos agricultores é colocar os frutos em sacos plásticos e deixa-los fechados ao sol. 

A professora Liane Demosthenes, doutora em Agronomia Tropical/Fitopatologia, coordenadora do Laboratório de Microbiologia, Fitopatologia e Biotecnologia - LABFITO/ICET, que esteve na visita, disse que a atividade serviria para consolidar os conhecimentos teóricos dos alunos. “Fazer os alunos consolidarem seus conhecimentos, assistindo na prática como as pessoas que trabalham com pesquisa aplicam as informações para gerar soluções tecnológicas que ajudam o produtor rural, é o principal objetivo da visita de campo”, comentou.

Segundo ela, os alunos tem muito conhecimento teórico, apesar de haver parte prática na faculdade, mas com relação à tecnologia de pesquisa, a faculdade ainda está iniciando esse processo. “Então essa visita é importante para consolidação desse conhecimento, para eles saberem como funciona uma instituição de pesquisa, como são geradas as soluções tecnológicas e onde eles podem atuar futuramente”, concluiu.

 

Maria José Tupinambá (114 DRT-AM)
Embrapa Amazônia Ocidental

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