A Jornada Científica da Embrapa Gado de Corte (JCEGC) chega a 20a edição e encara o desafio de tornar-se um evento acadêmico externo integrando a V Mostra Regional de Ciências Agrárias, promovida pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Famez/UFMS). O evento acontecerá entre os dias 7 e 9 de novembro na Universidade para acadêmicos e pesquisadores de Zootecnia, Medicina Veterinária, Agronomia e Engenharia Florestal, Biologia e áreas correlatas. Com inscrições abertas até o dia 27 de setembro, os estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado podem se inscrever nas modalidades pesquisa, ensino, extensão e relato de caso, gratuitamente, exclusivamente pelo site da Famez. As regras para a submissão estão disponíveis e haverá premiações para melhor pôster e apresentação oral. “Nós queríamos crescer, pôr a cabeça para fora e surgiu a ideia de fazermos juntos com a Famez, que foi extremamente receptiva com a proposta e é parceira da Embrapa há anos. Então serão quatro eventos em um só e será uma oportunidade de nossos estudantes ampliarem suas pesquisas e horizontes”, anima-se Pedro Paulo Pires, coordenador da Jornada Científica 2024. A proposta de somar as instituições e dar maior importância aos eventos nesse modelo é um anseio antigo dos pesquisadores da Empresa. A Universidade compartilha do mesmo objetivo e acredita no fortalecimento dos laços institucionais e acadêmicos e em colaborações em longo prazo. Para Viviane Santos, presidente da comissão organizadora da Mostra, “com essa abordagem é possível promover maior interação entre os grupos de pesquisa, facilitando o desenvolvimento de projetos conjuntos e incentivando a troca de conhecimento científico e tecnológico”. Como Pedro Paulo, a professora da UFMS enxerga a iniciativa como uma ocasião para inovar em formato de eventos científicos realizados em MS. Para a palestra de abertura, a pesquisadora Irenilza de Alencar Nääs abordará o uso das ferramentas de inteligência artificial nas cadeias produtivas do agronegócio, no dia 7. Programações de modelagem de doenças infecciosas, infraestrutura laboratorial oficial do MAPA para atendimento a emergências sanitárias, febre aftosa, vigilância e monitoramento sanitário em javalis, Plano de Contingência para futuras pandemias: aprendemos a lição?, fármacos e insumos veterinários no ambiente, epigenética na fertilidade, caminhos para empreender/Livinglab e captação de recursos para projetos inovadores são outros temas de palestras. O acesso, gratuito, a esses assuntos de relevância e em voga na pesquisa democratiza o conhecimento, na opinião de Santos e Pires, além de propiciar a integração entre estudantes e pesquisadores, incentivar o diálogo científico e a construção de redes colaborativas. “Os discentes vão ter acesso a informações atualizadas sobre as ciências agrárias, aprimorando sua formação e contribuindo para a construção de uma base sólida para o futuro da pesquisa e da inovação”, confia Santos. Além da Mostra Regional de Ciências Agrárias e da XX Jornada Científica da Embrapa Gado de Corte, ocorrerá a XVI Mostra FAMEZ e o II Simpósio Internacional de Inovação em Ciências Veterinárias (SIINOVET). Para este ano, os organizadores trarão ainda momento inédito voltado às crianças, filhos e filhas dos inscritos, chamado Kids in Science, com atividades de saúde e educação ambiental. Informações e inscrições no link. JCEGC - A 1ª Jornada Científica da Embrapa Gado de Corte aconteceu nos dias 24 e 25 de novembro de 2005 e teve o pesquisador Cesar Miranda como coordenador do evento. Os participantes concorriam ao Prêmio “Destaque Científico” entregue às categorias: Iniciação Científica, Aperfeiçoamento Técnico, Mestrado, Doutorados e Pós-doutorados (DCR). A prática permaneceu até a última edição interna da Jornada, em 2023, quando 30 resumos foram inscritos. Pensado como um encontro científico, no qual o participante deve atender a uma série de normas e procedimentos, o evento se consolidou ao longo das décadas e despertou talentos para a pesquisa científica brasileira. Nomes como Rodrigo Amorim (Embrapa) e Gelson Difante (UFMS) foram bolsistas da Embrapa e hoje atuam nas instituições como pesquisadores e professores, respectivamente.