Na última terça-feira, 27 de agosto, a 62ª Reunião Ordinária Híbrida da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados teve a participação virtual do pesquisador Eduardo Chumbinho de Andrade, chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, e de integrantes da Equipe Técnica de Mandioca do centro de pesquisa. Liderado pelo presidente Eloisio Lopes Júnior, o encontro teve início com atualizações sobre as demandas da última reunião, realizada em 18 de junho, e os grupos de trabalho. O pesquisador Carlos Estevão Leite Cardoso, supervisor do Núcleo de Ações Estratégicas da Embrapa Mandioca e Fruticultura, consultor e representante da Embrapa na Câmara, e o analista de transferência de tecnologia Helton Fleck da Silveira falaram sobre as questões que levaram recentemente ao adiamento do Congresso Brasileiro de Mandioca para 2025, cuja data vai ser definida em reunião de grupo de trabalho em 13 de setembro próximo. Em seguida, Eduardo Andrade apresentou, em primeira mão, informações sobre a chamada pública da segunda edição do Programa de Inovação Aberta em Mandioca (MandInova). “O propósito do edital é convidar empresas, cooperativas, associações e demais agentes do setor produtivo a desenvolverem soluções tecnológicas em parceria com a Embrapa, por meio dos mecanismos de inovação aberta previstos no Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)”, explicou. O lançamento do edital está previsto para outubro. “Os temas Amidos especiais, Tecnologias para redução de emissões e aumento do sequestro de carbono e Tecnologias para aumento da taxa de multiplicação de mandioca estão praticamente definidos, mas estamos aqui hoje em busca de sugestões dos representantes da Câmara para alterá-los, se for de interesse da cadeia produtiva”, afirmou Eduardo, que respondeu a dúvidas de alguns presentes. Como na edição anterior, realizada em 2021, serão três as modalidades de parcerias: de médio e grande porte, de micro e pequeno porte e para Inovação Social. As propostas serão avaliadas por um comitê de seleção e selecionadas quanto ao potencial de alcance, relevância e impacto da inovação proposta e da capacidade técnica da Embrapa. Em seguida, os proponentes selecionados serão convidados a interagir com a Embrapa para detalhamento das propostas e negociação. Participou ainda da reunião o analista de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) Herminio Souza Rocha, e Marco Antonio Sedrez Rangel, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura à disposição da Divisão de Desenvolvimento Rural (Mapa). Com o apoio de Fabricio Santana Santos, gestor da Coordenação de Agregação de Valor (CAV) da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa, Rangel apresentou informações e resultados sobre Produção Integrada de Mandioca, trabalho que liderou no Centro-Sul do país. Focado na adequação dos processos produtivos para a obtenção de produtos de qualidade e com níveis de resíduos de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com o que estabelece a legislação sanitária, mediante a aplicação de Boas Práticas Agrícolas, o sistema de produção favorece o uso de recursos naturais e a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e a rastreabilidade da produção agrícola na etapa primária da cadeia produtiva, que é passível de certificação.