Comunidades quilombolas participam de dias de campo sobre Roça Sustentável
Comunidades quilombolas participam de dias de campo sobre Roça Sustentável
Nos próximos dias 19, 20 e 21 de março, das 8h às 12h, a Embrapa Maranhão em parceria com a Vale, com o Núcleo de Desenvolvimento Humano e Econômico de Arari - NDHE, com o Instituto Formação e associações locais de agricultores familiares, vão realizar dias de campo sobre o Consórcio Rotacionado para Inovação na Agricultura Familiar - CRIAF, conhecido por Roça Sustentável. O evento tem o objetivo de capacitar técnicos e produtores rurais para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no município de Itapecuru Mirim, respectivamente nas comunidades quilombolas Canta Galo (19/03), Oiteiro dos Nogueiras (20/03) e Jaibara dos Nogueiras (21/03), no âmbito do projeto “Transferência de tecnologia para o fortalecimento da agricultura familiar dos municípios de São Luís e Itapecuru-Mirim”. Os reflexos da união institucional também são percebidos em São Luís, na região do Maracanã, onde o conhecimento técnico-científico tem alcançado técnicos e agricultores familiares da região.
A parceria entre Embrapa Maranhão, Vale, Embrapa, Estação Conhecimento de Arari, Núcleo de Desenvolvimento Humano e Econômico de Arari e Instituto Formação tem proporcionado impacto significativo nas comunidades quilombolas e periurbanas que vivem nas proximidades da rodovia da Vale, transformando a realidade agrícola local por meio do conhecimento, da inovação e da troca de saberes. A iniciativa tem como principal objetivo transferir tecnologias, trazendo inovações e informações sobre o manejo de culturas alimentares essenciais como arroz, feijão, milho e mandioca, além do consórcio rotacionado e da rotação de culturas.
Um dos destaques dos eventos será o foco na cultura do arroz, especialmente na região de Itapecuru, que tem uma tradição muito grande de cultivo do arroz graças às suas planícies inundáveis. Nesse contexto, o projeto está introduzindo técnicas inovadoras de manejo do arroz de sequeiro favorecido, um modelo agrícola específico para a região, que utiliza o aproveitamento das chuvas para criar a lâmina d’água necessária para o cultivo.
Segundo Carlos Santiago, analista da Embrapa Maranhão, as comunidades têm histórico de carências e desafios, como problemas de insegurança alimentar, baixa capacidade produtiva e vazio tecnológico, dificultando o desenvolvimento econômico e social. “Um dos maiores legados da tecnologia é a experiência prática proporcionada aos produtores por meio das Unidades de Referência Tecnológica - URTs. que funcionam como espaços de aprendizado e troca de experiências. Durante a execução, técnicos e produtores compartilham conhecimentos sobre o desenvolvimento de cada cultura, desde a plantação até a colheita e pós-colheita. O manejo de culturas alimentares é trabalhado de forma prática, com dias de campo regulares para monitoramento dos resultados, identificação de dificuldades e para avaliar a evolução das lavouras. Ou seja, aprende-se fazendo, observando o crescimento das culturas, participando ativamente do processo e vendo os resultados de seus esforços refletidos na produção de alimentos. Esse tipo de aprendizado prático tem gerado uma enorme satisfação nas comunidades, que passa a visualizar um futuro mais próspero e sustentável para sua agricultura”, detalha.
O manejo da adubação, a nutrição das plantas, o controle de pragas e doenças, além do manejo das plantas invasoras, são componentes-chave da tecnologia. A Embrapa Maranhão e parceiros têm desempenhado papel crucial na disseminação dessas técnicas para garantir manejo eficaz e sustentável, permitindo que as lavouras prosperem e ajudem a abastecer as famílias com alimentos saudáveis e nutritivos.
Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Maranhão
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Samara Costa (Colaboração)
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