Expedições científicas vão mapear biodiversidade no Estuário Amazônico e Guiana Francesa
Expedições científicas vão mapear biodiversidade no Estuário Amazônico e Guiana Francesa
Photo: Ana Euler
Comunidade ribeirinha no estuário amazônico (município de Afuá-PA), um dos ambientes de florestas de várzea onde serão realizadas expedições científicas
Pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras iniciam, neste mês de abril, um projeto de expedições científicas em comunidades ribeirinhas da Amazônia: cinco localizadas no estuário amazônico - ponto de encontro entre o Amapá e o Pará - e uma na Guiana Francesa.
Ao longo de três anos, as equipes vão percorrer rios e florestas para coletar e estudar espécies de plantas, fungos e insetos ainda pouco conhecidos, mas de grande importância cultural e econômica para as populações tradicionais da Amazônia. Estão no foco dos trabalhos, espécies vinculadas às cadeias de valor do açaí, andiroba, pracaxi, murumuru e ucuúba.
O coordenador geral do projeto, pesquisador em engenharia florestal Marcelino Guedes, da Embrapa Amapá, explica que um dos diferenciais é que as próprias comunidades participarão das atividades técnicas. Jovens e mulheres, especialmente, serão treinadas para serem coautores da pesquisa. Também atuam como coordenadores, o pesquisador Daniel Santiago Pereira, da Embrapa Amazônia Oriental (Pará), e a pesquisadora Ana Cristina Siewert Garofolo, da Embrapa Agrobiologia (Rio de Janeiro).
O curioso nome de incógnitos
O projeto “Revelando os incógnitos: epífitas, insetos e fungos associados à flora arbórea de várzea na Amazônia Oriental” é custeado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fundações estaduais de pesquisa do Amapá, Pará e Rio de Janeiro. Foi aprovado na chamada “Expedições Científicas – Iniciativa Amazônia + 10”.
O objetivo geral é promover a integração multiinstitucional e transdisciplinar necessária ao estudo de organismos incógnitos associados à floresta de várzea, manejo de açaizais e oleaginosas em comunidades tradicionais e áreas protegidas na Amazônia oriental.
A iniciativa conta com equipes de várias instituições do estado do Amapá (Embrapa Amapá, Universidade Federal do Amapá, Universidade do Estado do Amapá, e Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas), da Embrapa Amazônia Oriental (Pará), da Embrapa Agrobiologia (RJ) e do Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Será executado em territórios de cinco comunidades (Foz do Mazagão Velho e Furo do Maracá, no município de Mazagão-AP; Ilha das Cinzas, no município de Gurupá-PA; Maniva e Serraria Pequena, no município de Afuá-PA) localizadas no estuário do rio Amazonas.
Seminário e Workshop
No planejamento do projeto foram previstos eventos anuais de planejamento, monitoramento e apresentação de resultados dos estudos. O primeiro evento será realizado no período de 10 a 12 de abril de 2025, pela manhã e à tarde, no auditório da Embrapa Amapá, em Macapá (AP).
No primeiro dia será realizado um seminário aberto, em formato híbrido (presencial e videoconferência), para pesquisadores, estudantes, técnicos, gestores e interessados em geral em conhecer mais sobre a foz do rio Amazonas, suas comunidades ribeirinhas, flora e fauna. Na ocasião será feito o lançamento do projeto, com a participação de Gutemberg de Vilhena Silva, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), no ato de assinatura da outorga; e apresentação de palestras.
No segundo dia haverá um workshop interno exclusivo para pesquisadores, assistentes de pesquisa das comunidades, técnicos e estudantes participantes do projeto. E no terceiro e último dia do seminário, 12/4, será feito um treinamento para os assistentes das comunidades, sobre temas que vão desde o que é metodologia científica, boas práticas em coleta de dados, como realizar um bom monitoramento ecológico de plantas, entre outros temas.
Dulcivânia Freitas (DRT-PB 1.063/96)
Embrapa Amapá
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