Nos dias 10 e 11 de abril, acontecerá o IV Seminário Estadual de Educação Ambiental no Auditório do Palácio Henrique De La Rocque, em São Luís, com o tema "Grito Maranhense para a COP30: Justiça Climática, Ecologia Integral e Práticas". O evento reúne especialistas e representantes de comunidades para discutir soluções ambientais voltadas para a COP30, que será realizada em Belém do Pará. Entre os destaques da programação do evento, o Painel 3, que ocorrerá no dia 10 de abril, às 15h, de tema "Comunicação e Cooperação no Maranhão: Caminhos dos Povos e Comunidades Tradicionais para a COP30". A mesa contará com a participação de Carlos Eugênio Vitoriano Lopes, engenheiro agrônomo e analista da Embrapa Maranhão, que vai abordar assunto crucial para a conservação ambiental: "Sistema Agroflorestal em parceria com comunidades e povos tradicionais para a preservação da Amazônia maranhense". Sistemas Agroflorestais são modelos de produção que que otimizam o uso da terra com produção diversificada de alimentos numa mesma área. Integram árvores, culturas agrícolas, plantas forrageiras e, às vezes, animais, de maneira simultânea ou sequencial com impactos sociais, econômicos e ambientais bastante positivos. Um sistema agroflorestal, bem planejado, com espécies selecionadas e com as atividades de implantação, manutenção e colheita organizadas, gera produtos e receitas a cada ano. Por exemplo, produz milho, macaxeira, banana, nos primeiros anos; e cupuaçu, açaí, acerola e taperebá nos anos seguintes. No sistema agroflorestal, busca-se otimizar a reciclagem de nutrientes que é fundamental para manutenção da fertilidade do solo e a sustentabilidade da agricultura, permitindo solo coberto com diversidades de espécies consorciadas e integradas, umas ajudando as outras. As plantas do sistema produzem matéria orgânica para alimentar os animais e adubar o solo, o que reduz a utilização de insumos externo, diminuindo os custos de produção. As árvores melhoram a produtividade do sistema, pois ajudam na recuperação do solo, microclima e balanço hídrico, e ainda absorvem carbono da atmosfera. A tecnologia reduz a pressão pela abertura de novas áreas de terras para o cultivo agrícola. Sobre o seminário Com a participação de autoridades, pesquisadores, ativistas e representantes da sociedade civil, o IV Seminário Estadual de Educação Ambiental se apresenta como uma plataforma importante para debater estratégias e soluções para um futuro mais justo e sustentável, reforçando o compromisso do Maranhão com a preservação do meio ambiente e o enfrentamento das questões climáticas.