A avaliação de genótipos de dendê que mais se adaptem às diferentes condições de cultivo, com potencial para a fixação biológica de nitrogênio (FBN), é um possível caminho de sucesso para o biodiesel na Amazônia brasileira. Pesquisas conduzidas pela Embrapa Amazônia Ocidental têm mostrado o grande potencial da cultura do dendê para a produção de energia, enfocando sua facilidade de adaptação local e de fixação de nitrogênio, seja de forma direta ou indireta, por meio da transferência do nutriente proveniente de leguminosas plantadas em consórcio.
Por outro lado, a mineração de bauxita é a única atividade empresarial de grande porte em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, no Pará, onde esse mineral vem sendo extraído para a produção de alumínio, com alto consumo de energia em seu processo produtivo. Essa situação estimulou a parceria entre a Embrapa Agrobiologia e a empresa Mineração Rio do Norte e a Universidade Federal de Viçosa, em pesquisas que associam bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos a leguminosas arbóreas, com o intuito de recuperar áreas degradadas.
O objetivo deste projeto foi proporcionar o desenvolvimento tecnológico e social para a região amazônica, utilizando a vocação regional para sistemas agroflorestais. Deve-se ressaltar que qualquer cultura de ciclo longo requer muito tempo até que os resultados possam estar consolidados. Tendo isso em vista, a intenção foi estabelecer uma recomendação de genótipos mais promissores para a região e avaliar o impacto que a FBN, associada à cultura e ao manejo empregado, pode ter na sustentabilidade do cultivo.