A produção de melões em ambiente protegido vem sendo realizada em vários locais do mundo por possibilitar a produção durante períodos de entressafra e em regiões onde as condições climáticas não permitiriam a produção em campo aberto, consolidando-se como uma alternativa de renda para os produtores. Se bem manejado, o cultivo protegido permite a produção de frutos de maior qualidade e com menor uso de defensivos agrícola, o que representa um atrativo para consumidores mais exigentes, especialmente os que apreciam melões aromáticos. Apesar de a produção de melão na região do Planalto Central ser incipiente, a demanda pelo produto é alta, cerca de 200 toneladas/mês apenas no Distrito Federal, sendo que a maior parte provém das regiões produtoras do Nordeste brasileiro. Embora as condições climáticas em campo aberto na região não sejam ideais para o cultivo das variedades mais consumidas, as condições microclimáticas específicas criadas sob ambiente protegido são bem mais próximas das regiões tradicionais de cultivo do meloeiro. A introdução da cultura nos sistemas de cultivo protegido de hortaliças viria ainda responder à necessidade de diversificação na rotação de culturas, em geral limitada à sucessão tomate-pimentão, o que tem criado problemas fitossanitários de difícil resolução. Outro problema a ser abordado pelo projeto será o manejo racional da água e da nutrição mineral, a partir de estudo de calibração de curvas de absorção de nutrientes dos materiais avaliados, ferramenta indispensável ao uso da fertirrigação e à prevenção da aplicação excessiva de fertilizantes e da salinização do solo, comuns no cultivo protegido de hortaliças. Assim, esta proposta de trabalho tem como objetivo propor sistema de produção de meloeiro em ambiente protegido para as condições edafoclimáticas do Cerrado brasileiro, visando criar alternativas de cultivo que possibilite a geração de emprego e renda na região.