O projeto visou adaptar, validar e sistematizar metodologias participativas aplicadas à pesquisa, ensino e extensão rural, com ênfase nos agricultores familiares e tradicionais, tanto urbanos quanto rurais, do Semiárido brasileiro. Dentre os grupos específicos abordados, destacaram-se os agricultores familiares urbanos com suas hortas agroecológicas, os agricultores tradicionais guardiões de sementes do Sertão do Pajeú e os agricultores de Fundo de Pasto, cujo sistema peculiar de gestão do uso comum da terra para alimentação animal foi considerado.

A proposta incluiu o mapeamento e análise das metodologias utilizadas na região até então, com a sugestão de novas abordagens alinhadas às visões e necessidades dos agricultores. Além disso, foram desenvolvidas ações específicas para adaptar metodologias participativas às diferentes tipificações de agricultores, promovendo inovações que incluíram a comunicação dos resultados do projeto por meio de ferramentas populares, proporcionando espaço para a expressão dos agricultores.

O projeto buscou, assim, promover a integração efetiva entre agricultores, técnicos, agentes de ATER, professores, alunos e pesquisadores, estabelecendo uma rede de relações benéficas e produtivas para todos os envolvidos. O objetivo geral foi potencializar a agroecologia e a agrobiodiversidade como estratégias de convivência com o Semiárido.