Plantas indesejadas são responsáveis pelas maiores perdas mundiais dos cultivos agrícolas, superando os danos causados por insetos-praga e/ou por fitopatógenos. Os campos Sul-brasileiros, que englobam o Bioma Pampa, têm grande importância no sistema de criação da bovinocultura de corte, porém, há décadas, experimentam a perda de biodiversidade e diminuição do potencial produtivo com processo de infestação pela espécie exótica conhecida como capim-annoni. Em sua terceira fase, a Rede de Pesquisa em capim-annoni tem como objetivo aumentar a eficiência no manejo desta planta indesejada, a partir do entendimento de seu comportamento e de novas ferramentas de controle, com foco na preservação e na sustentabilidade das pastagens naturais, garantindo a produtividade e a competitividade da atividade pecuária. Dada a complexidade da relação dessa espécie indesejada com a biodiversidade do Bioma Pampa, pretende-se obter novos procedimentos para compor o manejo integrado. Para isso, a proposta foi estruturada em três planos de ação de pesquisa, que visam: integrar o conhecimento quanto à caracterização dos aspectos envolvidos no processo de infestação do capim-annoni; elucidar o efeito do estresse hídrico e suas consequências para o controle do capim-annoni e a capacidade de competição da invasora com a pastagem natural; desenvolver ferramentas para o controle e prevenção da infestação. O conhecimento gerado, somado aos avanços obtidos nas edições anteriores da Rede de Pesquisa, notadamente o aplicador seletivo Campo Limpo e o Método Integrado de Recuperação de Pastagem – Mirapasto, servirá de subsídio para o plano de ação de transferência de tecnologia e capacitação, voltado à melhoria das pastagens e redução da infestação pelo capim-annoni. A Rede é uma parceria da Embrapa Pecuária Sul com outras instituições como Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), University of Arkansas (EUA), Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além de outras Unidades da Embrapa. O projeto também conta com ações em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Universidade Federal do Paraná e Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).