A recuperação da capacidade produtiva de pastagens é estratégica para o Brasil na redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), em alinhamento com a demanda global por sustentabilidade na produção agropecuária e com o Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono.

A presente pesquisa teve como objetivo organizar informações da literatura especializada sobre estoques de carbono (C) no solo e emissões de gases do efeito estufa em pastagens no Brasil, além de quantificar tais estoques e emissões associadas a práticas de manejo para recuperação da capacidade produtiva dos pastos. Mais especificamente: quantificar emissões de gases de efeito estufa pelo uso de fertilizantes em pastagens, propor/validar fatores de emissão de N2O a partir de fontes nitrogenadas e excretas animais; avaliar o papel da forrageira nos processos biológicos de nitrificação e desnitrificação; posicionar solos com pastagens no Brasil como fonte ou dreno de CH4 e; quantificar mudanças no estoque de C do solo de pastagem.

A estratégia do trabalho envolve atividades de análise de dados disponíveis na literatura e condução de experimentos em condições de campo e sob condição controlada em laboratório.

Espera-se ao final da pesquisa oferecer conjunto de informações e fatores para aprimoramento dos inventários nacionais, regionais e setoriais de emissão de GEE, ou cálculo de pegada de C de produtos pecuários, de forma a subsidiar o rótulo sustentável da pecuária nacional, auxiliando na contabilidade de C para o Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono e o cumprimento das metas de redução de emissões pelo Brasil.