A mamona é uma cultura de importância econômica e agrícola nas regiões semiáridas e de Cerrado do Brasil. Há uma demanda global crescente pelo óleo de mamona e seus derivados e, apesar dos desafios, o País tem a oportunidade de se tornar um dos principais produtores e exportadores mundiais de mamona em virtude das suas condições climáticas favoráveis para o cultivo. O atributo de tolerância da mamoneira à seca, permite adequação de cultivo em sistemas de produção onde há escassez de água ou para cultivo em segunda safra. A seleção de genótipos mais precoces tem sido adotada com sucesso como uma estratégia de convivência com a seca.

A mamoneira ainda enfrenta outros desafios significativos relacionados ao ambiente de cultivo, como doenças e pragas, além de estresses abióticos. A colheita também representa entrave para a produção, por ser uma das operações mais dispendiosas, com grande demanda por mão de obra, em razão da repetição do processo de colheita entre duas e cinco vezes durante o ano para cultivares deiscentes (que se abrem para liberar as sementes) e semi-deiscentes.

Para superar os gargalos que envolvem o cultivo da mamoneira, a Embrapa tem desenvolvido linhagens e variedades de mamona, a partir de diversas variedades locais ou crioulas e genótipos introduzidos de outros países. As cultivares de mamona geradas até o momento atenderam à algumas dessas demandas, tais como: aumento de produtividade, aumento do teor de óleo na semente e redução do grau de deiscência dos frutos.

Este projeto visa contribuir para solucionar outros problemas da cultura, por meio do desenvolvimento de cultivares de mamoneira mais precoces, com resistência aos principais problemas fitossanitários que acometem a cultura, como a fusariose e o nematoide reniforme, e com elevado potencial produtivo tanto para o Cerrado quanto para o Semiárido.