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Embrapa Meio Ambiente completa 40 anos
Reconhecida como referência nacional e internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação na interface agricultura e meio ambiente, fundamentais na revolução da pesquisa agropecuária no Brasil
Em 21 de outubro de 2022 a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) completou 40 anos.
A Unidade de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) investe na geração de conhecimentos e tecnologias, mantendo uma visão estratégica frente aos desafios do futuro, fundamental no desenvolvimento da pesquisa agropecuária no Brasil. Concilia as demandas dos sistemas produtivos com as necessidades de conservação de recursos naturais e preservação ambiental, e com isso busca a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade.
Para comemorar tão importante data, a Unidade realizará em 02 de dezembro, evento comemorativo on-line a ser transmitido pelo YouTube da Embrapa, ocasião em que também ocorrerá a posse oficial da nova chefe-geral, Ana Paula Contador Packer, no cargo desde 1º de junho de 2022.
O evento contará com a participação da diretora-executiva da Embrapa, Mara Sílvia Rocha Ribeiro na cerimônia de posse da chefe-geral, quando também será realizado um painel sobre “A sustentabilidade como alavanca para o agro brasileiro”, com a presença do jornalista e comentarista do agro, José Luiz Tejon, que debaterá com Paula Packer e Marcelo Morandi, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (veja aqui a programação completa).
Histórico
Desde que foi criada, em 1982, com a orientação para proteção de plantas e animais, com destaque para o uso de agrotóxicos, a Unidade situada em Jaguariúna, SP, tem mostrado uma evolução constante em direção a uma atuação mais abrangente nas questões ambientais.
Face à crescente percepção dos danos que o uso desses insumos causa aos sistemas vivos e ao equilíbrio dos ecossistemas, houve uma mudança de foco em 1985. Naquela época sua atuação foi direcionada para métodos alternativos de controle fitossanitário.
Em 1993, um ano após a Eco 92 e devido ao processo de reavaliação institucional iniciado pela Embrapa por meio do planejamento estratégico, a Unidade se voltou para as questões ambientais das atividades relacionadas à agricultura, passando a ser denominada Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento e Avaliação de Impacto Ambiental (CNPMA). O nome-síntese – Embrapa Meio Ambiente – atualmente em uso, passou então a ser usado a partir de 1998.
A Unidade desenvolve pesquisas nas mais variadas áreas do conhecimento, beneficiando os mais diversos setores do agronegócio. As parcerias foram fundamentais nesse sentido, permitindo um intercâmbio de conhecimentos com instituições líderes em pesquisa no Brasil e no mundo.
Realiza pesquisas inovadoras para reabilitação de áreas degradadas; uso sustentável dos recursos hídricos; controle biológico de pragas e doenças; agroecologia; sistemas integrados de produção; mudanças climáticas; além de estudos em biossegurança ambiental; biodegradação de agrotóxicos; qualidade de água (bacias hidrográficas e aquíferos); e sustentabilidade ambiental. Desenvolve, utiliza e adequa instrumentos de certificação, técnicas de uso de resíduos urbanos e rurais na agropecuária, boas práticas de manejo para aquicultura, além de ações de educação agroambiental e de responsabilidade social.
Desde 2005 a Unidade é certificada pela norma ISO 9001. Hoje, aos 40 anos, completados em 21 de outubro, sua missão é "viabilizar soluções de PD&I para promover uma agricultura sustentável e melhorar a qualidade ambiental em benefício da sociedade brasileira".
Estrutura
A força da Embrapa Meio Ambiente também está em sua estrutura, sendo destaque em toda a Embrapa e fora dela pela equipe altamente qualificada. São 181 empregados, dos quais 70 são pesquisadores, em sua maioria doutores; 56 analistas; 37 técnicos e 18 assistentes das mais variadas áreas do conhecimento.
Suas instalaçoes ocupam uma área de 131 hectares, sendo 45 hectares destinados ao AgNest, 23 hectares de reservas florestais, 20 hectares de áreas de preservação permanente, 20 hectares cedidos em comodato, e os 23 hectares restantes, destinados às edificações e outras instalações.
Destaques
O AgNest é um hub de inovação no formato farm lab. Um ambiente promotor de inovação, com estrutura para ações e atividades em campo, para startups e corporações, com vistas à criação, desenvolvimento, validação, demonstração e ações voltadas para novas soluções tecnológicas para agropecuária. Está estruturado para proporcionar ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, em um ambiente habilitado de experimentação em campo, com foco na agricultura digital e com conectividade, fortalecendo a inovação aberta e o empreendedorismo no setor agropecuário.
A Embrapa Meio Ambiente detém também a primeira Coleção de Microrganismos de Importância Agrícola e Ambiental. Lançada em 2013, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), possui quase 20 mil isolados de fungos, bactérias, leveduras, arqueias e actinobactérias.
Dentre eles há microrganismos endofíticos; microrganismos de vários biomas, como Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e manguezais; actinobactérias associadas a insetos; fungos celulolíticos como o Trichoderma; bactérias associadas a líquens e algas marinhas da Antártida; fungos e bactérias agentes de controle biológico; fungos pigmentados produtores de corantes; e bactérias associadas aos crustáceos que são produtoras de antibióticos.
A preservação é feita por meio de dois processos: ultracongelamento e liofilização e os microrganismos podem ser usados para controle biológico, detecção de estresse hídrico, corantes e descobertas de novas moléculas para fins diversos. É a única opção para manutenção, a longo prazo, da diversidade genética e como fonte de materiais para estudos científicos e para triagem de produtos com propriedades biotecnológicas.
Nas dependências da Unidade de Pesquisa também está instalado desde 1991 o Laboratório de Quarentena "Costa Lima" (LQCL), que tem por missão fomentar o controle biológico de pragas de importância agropecuária, quarentenárias ou não, pela prospecção, introdução, quarentena e liberação de inimigos naturais ou antagonistas exóticos, ou pela seleção de inimigos naturais ou antagonistas nativos.
Os objetivos do laboratório são eliminar material tido como suspeito ou indesejável, providenciar sua identificação específica e categórica do material recebido, executar a criação e estudos biológicos dos organismos a serem liberados, manter em coleção espécimes "voucher" dos organismos quarentenados, além de decidir sobre a conveniência em se liberar ou não tal organismo no campo.
Funciona como um sistema filtro para evitar a entrada de organismos indesejáveis e contaminantes, juntamente com o inimigo natural exótico, além de outros estudos biológicos que permitam avaliar a segurança ambiental do bioagente antes de sua liberação no novo ambiente.
Programação
9h - Abertura
9h05 - Cerimônia de Posse
9h35 - Painel: A sustentabilidade como alavanca para o agro brasileiro
José Luiz Tejon, Paula Packer e Marcelo Morandi
10h15 - Debate
10h40 - Encerramento
Mais informações na página do evento: https://www.embrapa.br/en/meio-ambiente/40anos
Eliana Lima (MTb 22.047/SP)
Embrapa Meio Ambiente
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