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Andav 2024: Embrapa destaca o papel da ciência, inovação e sustentabilidade para o agro em SP
A Embrapa teve uma destacada participação no Congresso Andav 2024, promovido pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, realizado de 6 a 8 de agosto no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP).
O Congresso é o principal evento para discutir temas relevantes na distribuição de insumos agropecuários no Brasil. Durante a solenidade de abertura, realizada na terça-feira, 6 de agosto, Paulo Tiburcio, presidente da Andav, ressaltou que os distribuidores sempre estiveram na vanguarda, enfrentando adversidades e promovendo o desenvolvimento no campo. “Esse compromisso com os produtores rurais brasileiros tem ajudado a posicionar nosso país como líder do agro no mundo.”
Na solenidade de abertura, o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, José Marconcini, representando a presidente da Embrapa, destacou a importância da garantia de recursos para pesquisa agrícola. "Sem pesquisa forte, não há agro competitivo. Sem investimentos em Ciências Agrárias, o Brasil corre o risco de ver sua liderança em diversas cadeias produtivas ameaçada", alertou.
Na quarta-feira, 7 de agosto, Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, e Laurimar Vendrúsculo, chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, palestraram sobre "ESG e Sustentabilidade Aliadas à Inovação e às Tecnologias no Agronegócio". Eles foram acompanhados por Henrique Mazzardo, CEO da Fiagril, e mediados por Samanta Pineda, advogada especialista em Direito Ambiental da Agromais.
Durante sua apresentação, Laurimar Vendrúsculo destacou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como uma estratégia central para alcançar os objetivos de ESG no setor. Ela ressaltou como a ILPF contribui para a sustentabilidade, promovendo o uso eficiente dos recursos naturais e integrando diferentes sistemas produtivos, resultando em maior competitividade e responsabilidade ambiental no agronegócio brasileiro.
Vendrúsculo também enfatizou que a tecnologia ILPF intensifica o conceito de uma produção coletiva e consciente. Ela acredita que o agronegócio precisa melhorar a comunicação para garantir a aceitação global dos produtos da produção integrada. "Esses produtos vêm de uma cultura de baixo carbono, fruto de uma ação planejada: cobrimos o solo, protegemos a microbiota, intensificamos a produção na mesma área e sequestramos carbono, resultando em um produto sustentável. Precisamos reforçar esse discurso pelo mundo", afirmou.
Paula Packer destacou os grandes desafios enfrentados pelo setor agro ao tentar demonstrar ao mundo sua produção sustentável, incluindo mudanças climáticas, eficiência energética, gestão de recursos naturais, insegurança alimentar e perda de biodiversidade. Para ela, a principal tarefa da academia e de toda a cadeia produtiva é desenvolver um sistema robusto de gestão de taxonomia ambiental e produtiva. Esse sistema deve oferecer uma classificação estruturada e organizada das atividades econômicas com base em critérios ambientais e de sustentabilidade, permitindo a avaliação e a categorização de práticas, setores ou produtos segundo seu impacto ambiental e contribuição para a sustentabilidade.
Packer explicou que a evolução da agricultura brasileira pode ser dividida em etapas marcantes: começou com a expansão das áreas cultiváveis, passou pela tropicalização da agricultura e, em seguida, pela discussão da sustentabilidade. “Atualmente, estamos em um momento de 'tropicalizar' essa sustentabilidade, demonstrando ao mundo como o Brasil está verdadeiramente comprometido com práticas sustentáveis. Isso envolve não apenas a aplicação de conhecimentos científicos, mas também a forma como comunicamos esses avanços.”
Cerrado
Na quinta-feira, 8 de agosto, Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, apresentou o tema "Resultados Férteis na Preservação do Cerrado", mostrando como a pesquisa agropecuária vem, desde a década de 1970, transformando este bioma num celeiro de produção sustentável, fortalecendo a balança comercial brasileira, e gerando empregos e renda.
Como demonstrou Spadotti, a atividade agropecuária empregou, em 2023, 3,2 milhões de trabalhadores no Cerrado, e gerou 35% de todo o PIB do Agronegócio do Brasil. Para ele, a geração destes empregos e divisas provém de uma pesquisa que transformou o campo, que levou tecnologias para os produtos rurais, e que eles, com sua resiliência e capacidade de absorverem estas ferramentas, transformaram isso na produção agropecuária que temos hoje no Brasil.
O gestor ressalta novos desafios para se alcançar uma nova revolução agrícola no bioma. “Temos o desafio de trazer os estabelecimentos rurais mais pobres para dentro da classe média no campo. Assim teremos uma nova revolução agrícola. A chave para transformarmos este ambiente é a tecnologia. Temos de levar tecnologias adaptadas à condição de renda, territorialidade, e cadeias produtivas onde estes produtores estão presentes”, concluiu.
Stand
Durante os três dias de evento, a Embrapa Territorial apresentou três tecnologias no stand da Embrapa: Monitora Oeste, Atlas Escolar de Campinas e região, e o SITE Aquicultura.
Alan Rodrigues (MTb 2625/CE)
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Marcos Vicente (MTb 19.027/MG)
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