Lançamento da nova tecnologia será no evento Universo Pecuária, em Lavras do Sul (RS), entre os dias 29 de outubro e 3 de novembro.. Por enquanto, o software web destina-se à cultivar BRS Estribo de capim-sudão, mas o objetivo é expandi-lo para outras espécies. Essa cultivar, desenvolvida pela Embrapa, é usada com sucesso há mais de dez anos, na Região Sul. Elaborado em parceria com a Lotus Web Systems, o EstriboSim é capaz de fazer a análise bioeconômica, estimando ganhos ou perdas financeiras aos produtores. Acessível e amigável, o software pode ser usado por pecuaristas com pouca familiaridade tecnológica. A Embrapa Pecuária Sul (RS) desenvolveu o EstriboSim, ferramenta digital destinada a auxiliar pecuaristas e técnicos no uso da cultivar BRS Estribo de capim-sudão, gerando laudos financeiros a partir de indicadores fornecidos pelos produtores. Elaborado em parceria com a Lotus Web Systems, esse software web fornece o lucro mais provável, valores de risco e uma análise tríplice de cenários bioeconômicos da utilização dessa variedade, amplamente cultivada há mais de dez anos na Região Sul. De acordo com o pesquisador da Embrapa Vinícius Lampert, o EstriboSim oferece mais agilidade na tomada de decisão durante o planejamento forrageiro, pois faz os cálculos a partir dos valores fornecidos pelos produtores. “A pecuária enfrenta desafios complexos, uma vez que suas margens são muito dependentes do custo, preço e produtividade, sendo influenciadas principalmente pelo mercado, fertilidade do solo, manejo eficiente das pastagens e desempenho animal. Por isso, ferramentas inovadoras, como o EstriboSim podem se tornar essenciais para proporcionar mais segurança e previsibilidade dos retornos produtivos e financeiros nas fazendas. Os cenários de lucro da cultivar são efetuados de forma prática e simplificada, sem papel e caneta, mas com uma ferramenta digital na palma da mão”, ressalta. O EstriboSim calcula cenários de lucro operacional efetivo potencial por hectare, considerando três variáveis principais: custo da pastagem por hectare (R$/hectare), preço de comercialização do animal (R$/kg peso vivo) e produtividade (kg peso vivo/hectare). A partir dessas informações, o software web faz uma análise, apresentando os possíveis resultados bioeconômicos da implantação dessa pastagem em diferentes sistemas de produção. A ferramenta também faz uma análise tríplice de cenários bioeconômicos que simula três situações diferentes para cada parâmetro inserido, ajudando a identificar as combinações de preço, custo e produtividade que resultam em lucro ou prejuízo. Lampert destaca a importância dessa funcionalidade: "A simulação permite que os produtores visualizem de forma clara e objetiva como diferentes cenários podem impactar seus resultados financeiros. Com isso, eles podem tomar decisões mais assertivas, reduzindo riscos ao prever o lucro em função das variáveis informadas”. Desenvolvido para ser acessível, o EstriboSim possui uma interface amigável, facilitando o uso por produtores com pouca familiaridade tecnológica. Ele apresenta resultados em uma matriz colorida intuitiva. Desempenhos lucrativos são destacados em verde, situações de equilíbrio em amarelo, e prejuízos em vermelho. Essa abordagem visual permite identificar diferentes estratégias e pontos que requerem ajustes, facilitando significativamente o processo de tomada de decisão pelo produtor. Outra funcionalidade da ferramenta é a indicação de fatores para a obtenção de lucro utilizando essa forrageira, como a produtividade mínima, o custo máximo de implantação e o preço mínimo da comercialização. Segundo o pesquisador, o EstriboSim permite uma análise rápida dos cenários bioeconômicos e acurácia nos cálculos, utilizando variáveis críticas para fornecer uma estimativa do lucro operacional. Para isso, é essencial que o produtor insira informações de referência sobre produtividade, custos e preços esperados. Com base nesses dados, o EstriboSim gera laudos personalizados que auxiliam na implementação das melhores práticas de manejo. Mais informações sobre o impacto bioeconômico do BRS Estribo estão disponíveis aqui. Embora atualmente o software web seja específico para a cultivar BRS Estribo, Lampert vê como próximo passo a adaptação da ferramenta para outras cultivares e tecnologias. "Nosso objetivo é expandir a aplicabilidade do EstriboSim, tornando-o um sistema ainda mais versátil e útil no setor agropecuário, abrangendo uma gama mais ampla de cultivares e tecnologias", finaliza. Lançamento oficial O EstriboSim será lançado oficialmente no evento Universo Pecuária, em Lavras do Sul (RS), entre os dias 29 de outubro e 3 de novembro. Acesse aqui o EstriboSim Cultivo da BRS Estribo abrange mais de 3,3 milhões de hectares A cultivar de capim-sudão BRS Estribo vem se consolidando como uma alternativa eficiente de forrageira para a pecuária de corte e de leite na Região Sul do Brasil. Segundo levantamento feito pela equipe da Embrapa, em 2022, a cultivar foi utilizada em aproximadamente 440 mil hectares. Se forem somadas as áreas anuais de cultivo ao longo de mais de 10 anos desde seu lançamento, estima-se que o plantio ultrapasse 3,3 milhões de hectares. De acordo com dados da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), a BRS Estribo é a segunda cultivar de espécie forrageira mais produzida e comercializada no estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma forrageira anual de verão que tem apresentado excelente desempenho técnico e produtivo desde que foi lançada. De acordo com o também pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da BRS Estribo, Daniel Montardo, uma das principais vantagens da cultivar é o ciclo longo e a alta produção de forragem. “Outro aspecto positivo apontado pelos produtores é a grande flexibilidade de manejo, podendo ser utilizada tanto em pastejo contínuo como rotativo, com alta resposta ao condicionamento da estrutura da pastagem”, complementa. Produtores indicam ainda outras características importantes da cultivar, como a alta capacidade de perfilhamento, rebrote e produtividade. Segundo Montardo, ela tem se mostrado eficaz em consorciação com outras forrageiras, propiciando seu uso em conjunto com uma ampla gama de espécies e cultivares, inclusive de ciclo hibernal. “Toda essa flexibilidade tem levado a novas inserções, como, por exemplo, a semeadura mais tardia na Região Sul do Brasil (entre fevereiro e abril), tanto para atuar como mitigadora de vazios forrageiros outonais, como para produzir palhada após a colheita da soja e antes do plantio do trigo. Além disso, destaca-se a sua indicação para composição de consórcios, mesclas e cadeias forrageiras, como a tecnologia Pasto sobre Pasto, também desenvolvida pela Embrapa”, destaca o pesquisador. A avaliação dos impactos dessa tecnologia, realizada anualmente pela Embrapa, atesta os bons resultados produtivos e a satisfação dos produtores entrevistados. Segundo a metodologia utilizada nesse trabalho, apenas no ano de 2022, o impacto econômico da utilização da cultivar BRS Estribo foi superior a R$ 98 milhões. Parceria possibilitou lançamento de cultivares de forrageiras para clima temperado O capim-sudão BRS Estribo é um dos frutos da parceria formada entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Sul-Brasileira para o Fomento e a Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto), instituição que integra empresas produtoras de sementes dos três estados da Região Sul. A parceria foi firmada com o objetivo de desenvolver e lançar cultivares de espécies forrageiras para essa Região. Constituída no final de 2011, a iniciativa já disponibilizou cultivares de espécies como azevém, trevo-branco, trevo-vermelho, trevo-vesiculoso, cornichão, aveias forrageiras, entre outras. Montardo observa que a cultivar também integra o Programa de Melhoramento Genético e de Produção de Sementes de Espécies de Forrageiras para a Região Sul, desenvolvido por diferentes unidades da Embrapa. Além do desenvolvimento de cultivares, o programa atua ainda em pesquisas para melhorar a qualidade de sementes, a partir de sistemas de produção, técnicas de colheita e de beneficiamento, controle de plantas invasoras, entre outras. Acesse mais publicações sobre o uso da cultivar BRS Estribo nos links abaixo. Aspectos relativos à implantação e manejo de capim-sudão BRS Estribo. Capim-sudão BRS Estribo: cultivar de capim-sudão para pastejo. Pasto sobre pasto: estratégias de manejo para uso de mesclas forrageiras de inverno e verão visando melhor distribuição de forragem. Impacto bioeconômico da cultivar BRS Estribo de capim-sudão na produção de bovinos de corte. Siga a Embrapa nas redes sociais e acompanhe as últimas inovações, dicas e informações que transformam a agricultura brasileira. Estamos no Facebook, Instagram, X (Twitter), YouTube e LinkedIn. Não perca nenhuma novidade — conecte-se com a gente!
Photo: Manuela Bergamim
BRS Estribo é uma gramínea de verão com amplo uso na região Sul
A Embrapa Pecuária Sul (RS) desenvolveu o EstriboSim, ferramenta digital destinada a auxiliar pecuaristas e técnicos no uso da cultivar BRS Estribo de capim-sudão, gerando laudos financeiros a partir de indicadores fornecidos pelos produtores. Elaborado em parceria com a Lotus Web Systems, esse software web fornece o lucro mais provável, valores de risco e uma análise tríplice de cenários bioeconômicos da utilização dessa variedade, amplamente cultivada há mais de dez anos na Região Sul.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Vinícius Lampert, o EstriboSim oferece mais agilidade na tomada de decisão durante o planejamento forrageiro, pois faz os cálculos a partir dos valores fornecidos pelos produtores. “A pecuária enfrenta desafios complexos, uma vez que suas margens são muito dependentes do custo, preço e produtividade, sendo influenciadas principalmente pelo mercado, fertilidade do solo, manejo eficiente das pastagens e desempenho animal. Por isso, ferramentas inovadoras, como o EstriboSim podem se tornar essenciais para proporcionar mais segurança e previsibilidade dos retornos produtivos e financeiros nas fazendas. Os cenários de lucro da cultivar são efetuados de forma prática e simplificada, sem papel e caneta, mas com uma ferramenta digital na palma da mão”, ressalta.
O EstriboSim calcula cenários de lucro operacional efetivo potencial por hectare, considerando três variáveis principais: custo da pastagem por hectare (R$/hectare), preço de comercialização do animal (R$/kg peso vivo) e produtividade (kg peso vivo/hectare). A partir dessas informações, o software web faz uma análise, apresentando os possíveis resultados bioeconômicos da implantação dessa pastagem em diferentes sistemas de produção.
A ferramenta também faz uma análise tríplice de cenários bioeconômicos que simula três situações diferentes para cada parâmetro inserido, ajudando a identificar as combinações de preço, custo e produtividade que resultam em lucro ou prejuízo. Lampert destaca a importância dessa funcionalidade: "A simulação permite que os produtores visualizem de forma clara e objetiva como diferentes cenários podem impactar seus resultados financeiros. Com isso, eles podem tomar decisões mais assertivas, reduzindo riscos ao prever o lucro em função das variáveis informadas”.
Desenvolvido para ser acessível, o EstriboSim possui uma interface amigável, facilitando o uso por produtores com pouca familiaridade tecnológica. Ele apresenta resultados em uma matriz colorida intuitiva. Desempenhos lucrativos são destacados em verde, situações de equilíbrio em amarelo, e prejuízos em vermelho. Essa abordagem visual permite identificar diferentes estratégias e pontos que requerem ajustes, facilitando significativamente o processo de tomada de decisão pelo produtor. Outra funcionalidade da ferramenta é a indicação de fatores para a obtenção de lucro utilizando essa forrageira, como a produtividade mínima, o custo máximo de implantação e o preço mínimo da comercialização.
Segundo o pesquisador, o EstriboSim permite uma análise rápida dos cenários bioeconômicos e acurácia nos cálculos, utilizando variáveis críticas para fornecer uma estimativa do lucro operacional. Para isso, é essencial que o produtor insira informações de referência sobre produtividade, custos e preços esperados. Com base nesses dados, o EstriboSim gera laudos personalizados que auxiliam na implementação das melhores práticas de manejo. Mais informações sobre o impacto bioeconômico do BRS Estribo estão disponíveis aqui.
Embora atualmente o software web seja específico para a cultivar BRS Estribo, Lampert vê como próximo passo a adaptação da ferramenta para outras cultivares e tecnologias. "Nosso objetivo é expandir a aplicabilidade do EstriboSim, tornando-o um sistema ainda mais versátil e útil no setor agropecuário, abrangendo uma gama mais ampla de cultivares e tecnologias", finaliza.
Cultivo da BRS Estribo abrange mais de 3,3 milhões de hectares
A cultivar de capim-sudão BRS Estribo vem se consolidando como uma alternativa eficiente de forrageira para a pecuária de corte e de leite na Região Sul do Brasil. Segundo levantamento feito pela equipe da Embrapa, em 2022, a cultivar foi utilizada em aproximadamente 440 mil hectares. Se forem somadas as áreas anuais de cultivo ao longo de mais de 10 anos desde seu lançamento, estima-se que o plantio ultrapasse 3,3 milhões de hectares. De acordo com dados da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), a BRS Estribo é a segunda cultivar de espécie forrageira mais produzida e comercializada no estado do Rio Grande do Sul.
Trata-se de uma forrageira anual de verão que tem apresentado excelente desempenho técnico e produtivo desde que foi lançada. De acordo com o também pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da BRS Estribo, Daniel Montardo, uma das principais vantagens da cultivar é o ciclo longo e a alta produção de forragem. “Outro aspecto positivo apontado pelos produtores é a grande flexibilidade de manejo, podendo ser utilizada tanto em pastejo contínuo como rotativo, com alta resposta ao condicionamento da estrutura da pastagem”, complementa.
Produtores indicam ainda outras características importantes da cultivar, como a alta capacidade de perfilhamento, rebrote e produtividade. Segundo Montardo, ela tem se mostrado eficaz em consorciação com outras forrageiras, propiciando seu uso em conjunto com uma ampla gama de espécies e cultivares, inclusive de ciclo hibernal. “Toda essa flexibilidade tem levado a novas inserções, como, por exemplo, a semeadura mais tardia na Região Sul do Brasil (entre fevereiro e abril), tanto para atuar como mitigadora de vazios forrageiros outonais, como para produzir palhada após a colheita da soja e antes do plantio do trigo. Além disso, destaca-se a sua indicação para composição de consórcios, mesclas e cadeias forrageiras, como a tecnologia Pasto sobre Pasto, também desenvolvida pela Embrapa”, destaca o pesquisador.
A avaliação dos impactos dessa tecnologia, realizada anualmente pela Embrapa, atesta os bons resultados produtivos e a satisfação dos produtores entrevistados. Segundo a metodologia utilizada nesse trabalho, apenas no ano de 2022, o impacto econômico da utilização da cultivar BRS Estribo foi superior a R$ 98 milhões.
Parceria possibilitou lançamento de cultivares de forrageiras para clima temperado O capim-sudão BRS Estribo é um dos frutos da parceria formada entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Sul-Brasileira para o Fomento e a Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto), instituição que integra empresas produtoras de sementes dos três estados da Região Sul. A parceria foi firmada com o objetivo de desenvolver e lançar cultivares de espécies forrageiras para essa Região. Constituída no final de 2011, a iniciativa já disponibilizou cultivares de espécies como azevém, trevo-branco, trevo-vermelho, trevo-vesiculoso, cornichão, aveias forrageiras, entre outras. Montardo observa que a cultivar também integra o Programa de Melhoramento Genético e de Produção de Sementes de Espécies de Forrageiras para a Região Sul, desenvolvido por diferentes unidades da Embrapa. Além do desenvolvimento de cultivares, o programa atua ainda em pesquisas para melhorar a qualidade de sementes, a partir de sistemas de produção, técnicas de colheita e de beneficiamento, controle de plantas invasoras, entre outras. |
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Aspectos relativos à implantação e manejo de capim-sudão BRS Estribo.
Capim-sudão BRS Estribo: cultivar de capim-sudão para pastejo.
Pasto sobre pasto: estratégias de manejo para uso de mesclas forrageiras de inverno e verão visando melhor distribuição de forragem.
Impacto bioeconômico da cultivar BRS Estribo de capim-sudão na produção de bovinos de corte.
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Fernando Goss (MtB 1065 MT/SC)
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