01/05/12 |   Agroenergy

Prosa Rural - Babaçu e seus coprodutos: uma alternativa de renda

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Maio/2012 - 1ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitonhonha

No Brasil, encontram-se vastos babaçuais espalhados ao sul da bacia amazônica, onde a floresta úmida cede lugar à vegetação típica dos cerrados. São os Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins que concentram as maiores extensões de matas onde predominam os babaçus, formando, muitas vezes e espontaneamente, agrupamentos homogêneos, bastante densos e escuros, tal a proximidade entre os grandes coqueiros.

O Maranhão é o maior produtor de amêndoas, sendo responsável por quase 80% da produção nacional, ou seja, 113.395 toneladas, ano base 2003. As indústrias locais produzem algo em torno de 65 mil toneladas/ano de óleo de babaçu, sendo a maior parte exportada para outros estados.

Para falar sobre o babaçu e seus coprodutos, o Prosa Rural desta semana convidou os pesquisadores da Embrapa Cocais (São Luís/MA), José Mário Frazão, e da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), Alexandre Alonso. O Prosa Rural conta também com a participação da presidente da Associação das Quebradeiras de Coco Babaçu de Itapecuru Mirim, no Maranhão, Maria Domingas Marques Pinto.

De acordo com a Embrapa Agroenergia, o principal produto extraído do babaçu, e que possui valor mercantil e industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas - de 3 a 5 em cada fruto - são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional e de subsistência. É praticamente o único sustento de grande parte da população interiorana sem terras das regiões onde ocorre o babaçu: apenas no Estado do Maranhão a extração de sua amêndoa envolve o trabalho de mais de 300 mil familias. Em especial, mulheres acompanhadas de suas crianças: as "quebradeiras", como são chamadas, trabalho esse que será abordado no programa desta semana.

De maneira geral, praticamente todas as palmeiras em especial o dendê, o buriti e o babaçu - concentram altos teores de matérias graxas, ou seja, gorduras de aplicação alimentícia ou industrial. Assim, o principal destinatário das amêndoas do babaçu são as indústrias locais de esmagamento, produtoras de óleo cru. Constituindo cerca de 65% do peso da amêndoa, esse óleo é subproduto para a fabricação de sabão, glicerina e óleo comestível, mais tarde transformado em margarina, e de uma torta utilizada na produção de ração animal e de óleo comestível.

A casca do coco, devidamente preparada, fornece um eficiente carvão, fonte exclusiva de combustível em várias regiões do nordeste do Brasil. A população, que sabe aproveitar das riquezas que possui, realiza freqüentemente o processo de produção do carvão de babaçu durante a noite: queimada lentamente em caieiras cobertas por folhas e terra, a casca do babaçu produz uma vasta fumaça aproveitada como repelente de insetos.

Outros produtos de aplicação industrial podem ser derivados da casca do coco do babaçu, tais como etanol, metanol, coque, carvão eativado, gases combustíveis, ácido acético e alcatrão. Hoje, toma-se cada vez mais comum o uso da casca na fabricação de carvão em caldeiras rústicas, tanto para fins domésticos como industriais.

Saiba mais sobre o babaçu e seus coprodutos ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

 

Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)
Embrapa Agroenergia

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