Junho/2012 - 1ª semana - Região Norte

No Brasil, a quantidade de produtos com selo de Indicação Geográfica (IG) ainda é baixa. Os produtos mais conhecidos são os vinhos do Vale dos Vinhedos, a cachaça de Parati, o café do Cerrado e a carne dos Pampas Gaúchos. Estudo feito pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento identificou vários produtos com potencial para a IG na Amazônia, entre eles estão o açaí, a farinha de mandioca e a Jarina - fruto de uma palmeira, conhecido como marfim da Amazônia. Para falar sobre a indicação geográfica como caminho para valorização de produtos amazônicos, o Prosa Rural desta semana convidou a pesquisadora da Embrapa Acre (Rio Branco/AC), Virgínia de Souza Álvares.

Embora existam vários produtos com características que permitem a obtenção do selo, a Indicação Geográfica na Região Amazônica é um processo que ainda precisa ser estimulado e debatido com a população. Para obter o selo de IG, o produtor deve associar padrões de qualidade de determinado produto às características geográficas e culturais de uma dada região, além de proteger o processo tradicional de fabricação do produto.

A organização dos produtores e a adoção das Boas Práticas Agropecuárias na produção também estão entre as exigências para a obtenção do selo. Além disso, é fundamental que o produto tenha reconhecimento, reputação e cumpra com a legislação vigente no processo de produção.

Segundo a pesquisadora, a IG traz vários benefícios econômicos e sociais para os produtos amazônicos e suas comunidades, principalmente a valorização do produto no comércio, possibilitando a melhoria do preço de venda e a agregação de valor, além de permitir ao consumidor identificar a origem, ou seja, o consumidor terá a certeza que o produto é daquela região e foi produzido com qualidade.

Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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