Agosto/2012 - 3ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

No Semiárido brasileiro, queimadas, desmatamentos e o superpastejo por parte da criação pecuária, provocam o esgotamento da vegetação nativa e do solo. Por isso, a Embrapa recomenda a adoção de práticas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) que agregam tecnologias benéficas para o aumento da produção de alimentos e para a conservação do bioma Caatinga.

Para falar sobre este assunto, o Prosa Rural desta semana convidou a pesquisadora Salete Moraes, da Embrapa Semiárido. Na entrevista que concedeu ao programa, ela enfatiza a importância de o produtor adotar alguns cuidados na hora de manejar a agricultura e a pecuária nas condições do ambiente quente e de chuvas irregulares que são típicas na região.

Para evitar a degradação das pastagens, Salete recomenda ao produtor criar apenas a quantidade de animais que sua propriedade ou áreas coletivas de criação são capazes de suportar. É preciso evitar que esses locais fiquem com alta taxa de ocupação de animais. Além disso, é necessário realizar a rotação e o descanso das áreas.

Onde os terrenos já se encontram degradados, a pesquisadora explica que a recuperação pode ser feita em glebas, aos poucos, para não se tornar tão cara ao produtor. No Semiárido, isto pode ser feito com a introdução de cultivos agrícolas adaptados a baixos índices de chuvas, como o sorgo, o milheto e o feijão.

Na entrevista, ela ainda destaca modalidades de ILPF que são viáveis para implantação no semiárido. Uma delas é o Sistema Silvipastoril, no qual o animal é colocado para pastejar em áreas de Caatinga com árvores. Outro, o Silviagrícola, espécies arbóreas da família das leguminosas são introduzidas no sistema com cultivos agrícolas nas linhas e entrelinhas.

"Esses benefícios, com leguminosas, são bem recomendados para a reciclagem de nutrientes no solo e ainda servem como forragens perenes para alimentarem os animais", salienta a pesquisadora.

Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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