Março/2009 - 3ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

Diferente do que normalmente se pensa, a agricultura de precisão não é feita apenas com aparelhos e procedimentos de alta sofisticação, difíceis de trabalhar e que exigem investimentos caros e muito dinheiro para ser adotada. Precisão, nesse caso, quer dizer ser o mais preciso possível, adotar tecnologias e executar o manejo com a maior precisão possível.

Como explica o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, o computador é apenas mais uma ferramenta que o produtor pode usar para aplicar a agricultura de precisão, assim como um simples bloco de anotações. Afinal, o principal objetivo é ajudar o produtor a cometer menos erros no manejo da lavoura e das suas criações e, para isso, a observação constante e anotações precisas são suficientes.

Ricardo Inamassu, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, também participa do programa, dando exemplos do seu uso na lavoura do café. Confira ainda o depoimento do produtor de milho, feijão, trigo e soja do município de Castro, no Paraná, Alexander Mittesteldt, que explica o uso que faz da agricultura de precisão e como a técnica o ajuda.

A agricultura de precisão pode se apresentar de três maneiras. A primeira, mais conhecida, é o uso de máquinas e equipamentos de última geração, mais caros, e que exigem conhecimento especializado para serem operados.

A segunda, menos comentada, mas que também é importante e fácil para o produtor familiar adotar, é melhorar o gerenciamento da propriedade. Um exemplo é o uso de computadores de baixo custo e programas simples, de planilhas e cálculos.

E a terceira forma de se adotar a agricultura de precisão é por meio da agregação de valor aos produtos com a venda de derivados, como queijos e iogurtes no lugar do leite, ou de farinha no lugar da mandioca, por exemplo. Cada produtor pode usar as técnicas e os equipamentos que se apliquem melhor à sua realidade.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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