Prosa Rural - Armazenamento da farinha de mandioca
Março/2009 - 3ª semana - Região Norte
A farinha de mandioca tem espaço garantido na culinária brasileira, especialmente no Norte e Nordeste do País. Além disso, é conhecida por sua versatilidade, pois várias são as possibilidades de sua utilização. Promover a valorização da farinha de mandioca para o momento da sua comercialização é uma preocupação constante dos produtores do Acre, estado em que essa é uma das principais atividades econômicas.
Como a farinha acondicionada corretamente tem maior durabilidade, é correto afirmar que não somente o produtor, mas também o dono do supermercado terá vantagens econômicas, já que o produto se manterá por mais tempo na prateleira com a mesma qualidade e valor.
Questões como o modelo adequado de embalagem, umidade e uso de aditivos como, por exemplo, o açafrão são avaliados no processo de conservação da farinha de mandioca. Esses e outros fatores são objeto de pesquisa coordenada por Virgínia Álvares de Souza, pesquisadora da Embrapa Acre. "Se a farinha for boa e não for armazenada corretamente, ela se torna ruim para o consumo", explica a pesquisadora.
Durante o programa, Virgínia fala sobre os primeiros resultados de sua análise de farinhas acondicionadas em diferentes embalagens, considerando as variáveis luz, ar e água, citando as que mostraram maior capacidade de manter as características do produto. A pesquisadora traz também orientações a respeito da legislação sobre as embalagens para o armazenamento da farinha. Nesse sentido, a principal orientação é utilizar embalagens previamente registradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde as informações nutricionais e de classificação no rótulo são imprescindíveis para garantir a valorização da farinha.
Fatores como a pouca umidade no produto contam para a crocância e durabilidade da farinha e, principalmente, afastam a possibilidade de aparecimento de microrganismos. No caso da farinha com coco, o baixo teor de umidade, independente da embalagem, está diretamente relacionado com o maior tempo de secagem durante o processamento. Esse tipo de farinha merece maiores cuidados para impedir sua rancificação, aspecto já conhecido dos produtores conforme Graciete Souza, produtora de farinha em Cruzeiro do Sul, que participa do Prosa Rural. É na casa de farinha de Graciete que são coletadas as amostras que servem de base para as análises feitas pela pesquisadora Virgínia Álvares.
Região Norte
Sabrina Gaspar
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