Prosa Rural - Manejo da andiroba com preservação da espécie
Agosto/2008 - 2ª semana - Região Norte
A andiroba é uma árvore que pode atingir até 30 metros de altura, tem copa densa e ocorre em toda Amazônia. Em áreas de baixio, são encontradas, por hectare, vinte e cinco árvores. Já em terra firme, apenas doze.
No Prosa Rural desta semana, realizado em parceria com a Embrapa Acre, você vai conhecer um pouco mais sobre a andiroba e as utilidades do óleo extraído dessa espécie nativa da Amazônia. A pesquisadora Lúcia Helena Wadt fala sobre o seu manejo sustentável para que se tenha o recurso hoje e também daqui a cem anos. " A forma da retirada das sementes pode afetar o nascimento de novas árvores", afirma.
Os frutos da andiroba são grandes e têm de 12 até 16 sementes, muito apreciadas pela fauna. Os animais são importantes na dispersão das sementes, que ocorre quando os frutos maduros caem inteiros no chão e a casca se abre expondo as sementes. E não só os animais contribuem para a preservação da espécie. O homem deve estar atento às sementes da andiroba. Diferentemente das castanhas, a andiroba deve ser colhida antes dos frutos caírem.
De acordo com o conhecimento popular da região, o óleo extraído da andiroba é considerado um ótimo cicatrizante e anti-inflamatório. Para extraí-lo a partir das sementes, existem vários métodos. O tradicional, no qual as pessoas amassam o conteúdo retirado da semente e o que utiliza a prensa, método mais vantajoso, no qual uma lata de semente produz quase um litro de óleo.
Segundo o IBGE, trinta mil litros de óleo de andiroba são consumidos por ano. A indústria cosmética tem feito a demanda pelo óleo crescer bastante. Com todas essas vantagens o produtor extrativista deve fazer o manejo sustentável da andiroba.
Região Norte
Mauricília Pereira da Silva
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