Novembro/2006 - 2ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

O impacto que a atividade agrícola produz no ambiente contribui para o desequilíbrio das relações entre o homem e a natureza. Uma opção para que os pequenos agricultores possam diminuir os danos que tal atividade traz ao meio ambiente é a adoção da rotação de culturas, ou seja, o revezamento do cultivo de diferentes produtos em uma mesma área, com a semeadura de alimentos básicos como arroz, feijão e milho.

Durante o programa, a equipe da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás - GO) trará informações sobre como se fazer uma correta rotação de culturas. Esta técnica de cultivo traz benefícios inegáveis como a quebra do ciclo de pragas, doenças e plantas daninhas. O resultado se reflete na diminuição da utilização de defensivos agrícolas e, por conseqüência, na redução do custo das lavouras. A inclusão de capim, como a braquiária, e de espécies leguminosas, como cratília e estilosantes, também traz ganhos para sistemas de rotação de cultura, principalmente, em áreas degradadas.

O capim ajuda na melhoria da estrutura física do solo, além de servir como fonte de palhada para estabelecimento do plantio direto e para o fornecimento de matéria orgânica, dentre outros. Já os estilosantes permitem a formação de pasto para o período de entressafra e podem servir para alimentação do gado na época do ano em que há carência de chuvas e o capim seca. Adicionalmente, as leguminosas forrageiras captam nitrogênio da atmosfera, fixando-o ao solo. Em ambos os casos, há melhoria da fertilidade.

A rotação de culturas é considerada atualmente uma prática relevante para a transposição de sistemas convencionais de plantio para aqueles ditos sustentáveis, com mais oportunidades e com maior segurança alimentar para pequenos agricultores e suas famílias.

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