Abate e processamento

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autor

Vitor Hugo Grings - Embrapa Suínos e Aves

 

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de suínos, ficando atrás apenas da China, União Européia e Estados Unidos. No ano de 2005 o rebanho brasileiro de suínos era de cerca de 34 milhões de cabeça, tendo produzido mais de 2,8 milhões de toneladas de carne. Do total de carne produzida, somente 625 mil toneladas foram exportadas, o restante foi direcionado ao mercado interno, cujo destino principal é a transformação em produtos processados (embutidos, etc).

Cada vez mais o mercado consumidor exige produtos de qualidade, saborosos, nutritivos, sanitariamente seguros e que ofereçam praticidade no preparo. Para atingir todos estes requisitos há necessidade de uma perfeita interação entre todos os elos do agronegócio suinicola, ou seja, a produção, o abate, processamento e a distribuição.

O Brasil possui tecnologia para produzir animais de alta qualidade genética e sanitária, atendendo os padrões dos mais exigentes mercados consumidores. Os suínos são abatidos em modernas plantas frigoríficas, com tecnologia de ponta, o quê garante a qualidade final do produto. Entre os grandes produtores e exportadores de carne suína, o Brasil é o que conta com o melhor estatus sanitário, sendo livre de uma série de enfermidades relacionadas pela Organização Mundial de Saúde Animal.

A legislação brasileira determina que o abate e processamento de animais para consumo humano seja realizado em estabelecimentos registrados e submetidos a inspeção sanitária oficial, que poderá ser a nível municipal (SIM – Serviço de Inspeção Municipal) com comércio somente no município de localização do abatedouro, estadual (SIE – Serviço de Inspeção Estadual), com comércio em todo o estado onde se localiza o abatedouro, e federal (SIF - Serviço de Inspeção Federal) com possibilidade de comércio inter-estadual e, dependendo das condições, poderá ser habilitado para exportação.

Para que se obtenha um produto final de qualidade e sanitariamente seguro, todo o processo, desde a origem dos animais até a saída do estabelecimento industrial deve ser adequado. De acordo com as Boas Práticas de Fabricação, implantação do Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC), implantação de programa padrão de higiene operacional (PPHO) e demais processos de controle de qualidade total.