Adubação pré-plantio

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

 

Amostragem do Solo

A coleta de amostras representativas é fundamental para a correta avaliação da necessidade de corretivo da acidez do solo e de fertilizantes. Para a sua obtenção, é necessária a coleta de várias subamostras, em diversos pontos de uma mesma área homogênea.

O primeiro passo para se proceder à amostragem do solo consiste em dividir a área em porções homogêneas, considerando-se o tipo, a topografia, a textura, a cor, o grau de erosão, a profundidade, a cobertura vegetal e a drenagem, entre outros aspectos. No entanto, se uma área for homogênea quanto a todos os fatores acima citados, existindo, no entanto, uma porção já adubada ou que já tenha recebido calcário, esta deverá ser amostrada em separado. A área abrangida por cada amostra é função da homogeneidade do solo. Normalmente, o número de subamostras se situa ao redor de 10 a 15.

Na tomada de amostra pelo sistema de amostragem composta, cada área deve ser toda percorrida, caminhando-se em ziguezague e coletando-se, ao acaso, subamostras, que depois são reunidas. Após homogeneizada, retira-se cerca de 500g de solo para serem enviadas ao laboratório. Os procedimentos de amostragem do solo são os recomendados pela Comissão de Fertilidade do Solo – RS/SC.

As amostras de solo podem ser coletadas em qualquer época do ano. No entanto, para que o produtor disponha dos resultados de análise e de recomendação de adubação e de calcário em tempo hábil, a coleta deverá ser realizada, no mínimo, quatro meses antes do plantio das mudas, ou antes do início do período de dormência, quando se tratar de nova calagem em pomares já instalados. Deve-se amostrar a camada arável do solo, ou seja, de 17 a 20 cm de profundidade, já que nesta porção de solo é que se concentram a maioria das raízes absorventes da ameixeira.

Recomendações de Adubação Fosfatada e Potássica de Pré-Plantio

Antes da instalação do pomar de ameixeira, a análise de solo é o único método de diagnose para estimar as necessidades de fósforo (P) e de potássio (K). As quantidades exigidas de P e K são determinadas na mesma amostra de solo usada para estimar a necessidade de corretivos da acidez e constam na  Tabela 1.

Em pomares com menos de cinco metros de distância entre as linhas de plantio, os adubos devem ser espalhados em toda a superfície. No entanto, onde essa distância for superior a cinco metros e não houver interesse em se estabelecer cultura intercalar, a adubação poderá ser executada somente numa faixa de três metros de largura ao longo da linha de plantio.

Os adubos fosfatados e potássicos, usados antes do plantio, devem ser aplicados por ocasião da instalação do pomar, preferentemente a lanço, e incorporados, no mínimo, na camada arável.




Recomendação de Adubação Nitrogenada de Crescimento

Durante a fase de crescimento das plantas, que vai desde o plantio das mudas até o terceiro ano, é recomendado usar somente nitrogênio. Supõe-se que o P e o K, fornecidos por intermédio da adubação de pré-plantio, sejam suficientes até o momento em que as plantas entrem em plena produção.

Como a ameixeira tem necessidade de N praticamente constante durante todo o ciclo vegetativo, aliada à possibilidade de perda desse nutriente por lixiviação, recomenda-se fracionar a dose anual em três parcelas. As doses recomendadas, bem como as épocas, constam na Tabela 2. O adubo nitrogenado deve ser distribuído ao redor das plantas, formando uma coroa distanciada 20 cm do tronco, sob a projeção da copa.